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quarta-feira, março 30, 2005

KUBRICK X KING

Como eu imaginava, o post anterior, sobre a versão cinematográfica de "O Iluminado", rendeu.

O Dogman me pede desculpas por discordar da minha opinião. Ah, faça-me o favor, né ô, ixtepô! Tens mais é que discordar, expressar tua opinião. E, de qualquer modo, eu não citei que o livro fosse melhor do que o filme. Acho que seria ideal interpretá-lo de dois modos distintos: uma adaptação (e aí deixa muito a desejar) ou como um filme de terror psicológico (neste caso, ótimo quase sem imperfeições, apesar de deixar algumas lacunas em aberto). As qualidades do longa-metragem são várias, afinal, é Stanley Kibrick o diretor. Quanto ao teu comentário ("Repare que o Jack Nicholson nunca mais perdeu os trejeitos que criou para o personagem") não vejo sentido, pois aí é um mérito do ator, e não do filme.

Já o Mário Coelho citou a professora Regina Carvalho, dos cursos de Letras e Jornalismo na UFSC. Para ela, "O Iluminado", o filme, é muito mais "kubriquiano" do que "kinguiano". E uma maneira de se adaptar bem um livro é manter a idéia original, mas não se manter nos detalhes. De fato, procede. Assino embaixo. Mas há alguns traços básicos da história que, omitidas no filme, até prejudicam a compreensão do mesmo. A idéia que se passa é que o personagem do Nicholson apenas endoidou. Por ter visto os fantasmas?? Sei lá, fica muito implícito. Bem, talvez seja por causa de meu pré-conceito com artistas e obras que não se impõem, que deixam para o público interpretar e criar explicações.

"O Iluminado", o filme, é daqueles que beiram à nota máxima, à perfeição. Mas o final, como bem lembrou o Ilton, em outro comentário, é fraco. A história cresce de forma espetacular, mas acaba de um jeito prá lá de previsível. Ok, talvez, à época, não fosse assim tão previsível.

Quem não leu nem assistiu, recomendo. Vale o esforço.


domingo, março 27, 2005

APESAR DE TUDO, UM CLÁSSICO


Acabo de assistir "O Iluminado" (The Shining, 1980), do mestre Stanley Kubrick.
O filme, adaptado da obra de outro mestre, Stephen King, é considerado por muitos o melhor da linha suspense/terror psicológico em todos a história do Cinema. Para a revista Newsweek, à época de seu lançamento, foi considerado "o primeiro épico do Terror". Longe de mim falar mal de um trabalho criado por Kubrick. Mas acho que o melhor seria analisar a obra de dois modos: como adaptação do livro homônimo ou como uma história de terror psicológico, como se nada tivesse a ver com o livro. O Gian e o Ilton vão querer me crucificar, mas tudo bem...


Iluminado: Clássico

Explico: o filme é genial, praticamente perfeito. O que falar da interpretação do Jack Nicholson, que interpreta Jack Torrance? É algo de fabuloso. Ele não ganhou o Oscar com este filme? Caso não, a Academia deveria repensar e entregar uma estatueta para o ator, mesmo depois de tanto tempo. O cara dá um banho! Merece todo o status que alcançou em sua carreira. Não há como não se assustar ao ver o seu modo de viver o personagem.

Mas o roteiro tem alguns pontos obscuros, que ficam devendo em relação à história original. Muita coisa não se explica ou é mal explicada. Cito como exemplo a própria transformação de Torrance. No filme, aparentemente é apenas um cara que aloprou. E, na real, tem muito mais coisa por trás desta mudança comportamental. O filme simplesmente ignora o histórico de alcoolismo e violência do cara. A própria relação do hotel Overlook, a presença maligna do lugar é muito mal explorada. O final de Dick Halloran (vivido por Scatman Crothers) é patético, sem contar que foi outro personagem sub-aproveitado. Até mesmo a expressão "Redrum" foi deixada quase que de lado na trama. Algo central no livro.

Kubrick, no meu modo de ver a situação, apenas tomou para si a parte básica do argumento. Sei lá, o Torrance foi contratado para tomar conta do hotel, mas a única cena em que algo neste sentido aparece é quando a mulher dele, interpretada pela pavorosa Shelley Duvall, checa as caldeiras quem mantém a edificação aquecida. Falando em Duvall, além de ela ser feia ao extremo, sua interpretação de Wendy Torrance lembra determinadas "atrizes" brasileiras que fazem sempre o mesmo papel. No livro, seu personagem é bem mais forte. Mas, por outro lado, seu modo patético acabou ajudando Nicholson a se sobressair ainda mais.


Nicholson: perfeição

Mas é um filme imperdível. Uma aula de cinema. A forma como a trilha sonora é usada para assustar é fenomenal. Sem dúvida, apesar de tudo, um clássico.

[Ouvindo: Arch Enemy - Kill With Power- Álbum: Dead Eyes See No Future]

sexta-feira, março 25, 2005

COM A FÉ DOS OUTROS

Passou aqui ao lado do condomínio, na rua Felipe Neves, a procissão da Sexta-Feira Santa, promovida pela igreja do bairro.
Apesar de andar muito afastado da Igreja, reservei alguns minutos para acompanhar, mesmo que de longe, o rito. Não vejo mal algum, apesar de discordar de muitas atividades e idéias daqueles que comandam a religião católica apostólica romana. Fiquei ali acompanhando e ouvindo algumas das músicas que cantei na infância, durante as aulas de catequese e nas missas das 10 horas da manhã, na Igreja de Curitibanos. Bateu uma nostalgia daquela época em que a única preocupação era "ser comportado para ganhar presente no Natal".

Mas voltando à procissão, notei que, além do acompanhamento de um varro e duas motos da Polícia Militar, a prova de fé dos meus vizinhos tinha ainda um padre diferente. Sim, afinal, eu nunca havia visto um padre dentro de uma Kombi, rezando apoiado por um sistema de som. Quer dizer, ver eu não vi, pois o tal padre devia estar no interior do veículo, por sinal, bem velhinho. O mais curioso é que o representante de Roma aqui no bairro parecia um tanto quanto cansado. Afinal, ele se limitava a conduzir as preces...

- Ave-Maria.... - iniciava o distinto.
- ...cheia de graça, o Senhor é convosco... - respondia e continuava a multidão de, aproximadamente, 100 fiéis.

Assim fica fácil, né? Mas, vai ver que ele já tava cansado e poupava a voz. Bom, o que vale é a intenção.

[Ouvindo: Virgin Steele - The Lesson - Álbum: Virgin Steele]

SEM INFORMAÇÃO

Li hoje na Agência Estado que Carlos Alberto Parreira lamenta que alguns jogadores tenham optado por suas transferências para o futebol de países como Rússia e Ucrânia, por exemplo. Segundo o treinador da Seleção Brasileira, fica praticamente impossível acompanhar a carreira destes atletas, o que impossibilita a convocação dos mesmos para servir ao selecionado nacional. Deste modo, gente como Daniel Carvalho (ex-Internacional), Elano (ex-Santos) e Vagner Love (ex-Palmeiras), que já tIveRAM chance anteriormente na equipe, dificilmente vão jogar algum dos confrontos pelas Eliminatórias, quem dirá ir para a Copa do Mundo - caso o Brasil se classifique.

Tudo bem, o campeonato russo não passa na televisão brasileira, quer seja nos canais abertos ou nos pagos. Mas em plena era da Internet o cidadão falar que há falta de informação? Aí é muita má vontade. Com o poder monetário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem não seria nem um pouco difícil conseguir dados sobre o desempenho destes jogadores, por mais longe que estejam do país. No mínimo, a CBF poderia orientá-los para que contratassem assessores de imprensa. Profissionais que filmassem os jogos e, quinzenal ou mensalmente, enviassem as fitas (fitas? hoje em dia nem VHS mais é permitido, que enviassem os CDs com as imagens digitais) com o trabalho destes jogadores para o Parreira.

Não é nada complicado, ainda mais se pensarmos nos salários altos que estes caras recebem.

[Ouvindo: Virgin Steele - Living In Sin - Álbum: Virgin Steele]

terça-feira, março 22, 2005

AO CUBO



A indústria cinematográfica merece este nome: indústria. Basta um filme, por menos ambicioso que seja, dar retorno para sequências e mais sequências saírem das mentes.... hã, digamos, criativas, dos roteiristas. Alguém aí lembra de "Cubo"? É um filme canadense de 1987, dirigido por Vicenzo Natali, premiado no Festival Internacional de Cinema Fantástico, em 1988. Pois bem, aqui no Brasil meio que não emplacou na telona, mas acabou virando cult quando chegou às locadoras.

Passou um tempo, venderam os direitos sobre a obra e logo alguém lançou "Cubo 2: Hypercubo", com um pouco mais de orçamento e bem mais efeitos especiais. A situação era basicamente a mesma do original, mas, nesta versão, havia um final que sugere uma explicação para a trama. Hoje, passando na locadora para me abastecer pro feriado, qual não foi minha surpresa ao encontrar "Cubo Zero". Genial, não? Trata-se de um prequel da, agora, série. Os roteiristas criativos trataram de inventar algo que seria uma história acontecida antes da que já conhecíamos. Na capinha do DVD, prometem uma explicação e até a apresentação do personagem que teria criado o Cubo. Balela! é apenas outra versão do filme, com novos personagens iguais, situações semelhantes e o final é praticamente o mesmo do segundo longa-metragem, onde os roteiristas aparentam ter assistido muito "Arquivos X". A diferença é que agora há uma longa sequência no exterior do Cubo.


Originalidade: Este sim, vale ser visto

Complicado, não? Pois é. Só vendo o (s) filme (s) para entender. Ou eu que tô travando hoje e não tô conseguindo explicar (provavelmente é isso).
Gostei dos três, apesar do original ser o único que mereça crédito, pois foi, realmente, inovador à época de seu lançamento. O segundo se perdeu em demasia nos efeitos especiais e deixou de lado o texto, que era um grande valor no primeiro. Neste novo, Ernie Barbarash, que dirigiu também o anterior, consegue se emendar e retoma o ar cult do original.

Para quem nunca viu, eis uma explicação de "Cubo", escrita por Diogo Benoski, que eu achei aqui.


Seqüência: o segundo se afastou um pouco da qualidade do anterior

"O filme Cubo é baseado na natureza humana e no instinto humano de sobrevivência. Não se trata, portanto de um novo conceito nesta área. É, no entanto, um filme inovador: Seis pessoas comuns, totalmente estranhas entre si, acordam presas num labirinto. Nele, existem salas interligadas em forma de cubos e preparadas com armadilhas mortais. Sem comida ou água, suas vidas estão com os minutos contados. Nenhum deles sabe como ou porque estão presos, mas logo descobrem que cada um possui uma habilidade especial que poderá contribuir para a fuga. Um matemático, um engenheiro, um policial, um ladrão, um deficiente mental devem juntar esforços na ânsia de encontrar a saída de um enigma praticamente insolúvel.

No decorrer do filme, a trama centra-se nas diferenças entre as pessoas e seus embates mútuos, nas reviravoltas psíquicas e que tornam-se cada vez mais evidentes, e que expõe a que nível pode chegar o ser humano quando acometido de desespero. O filme é louvável também por forçar uma interpretação total dos atores em seus personagens: não havia nenhuma diferença nos cenários, e os textos são longos e muito bem construídos. As cenas finais do filme são surpreendentes, quando demonstra-se que o ser humano está ainda muito propenso a julgar as pessoas por sua aparência, e não pelo que elas são capazes".

[Ouvindo: Megadeth - Mechanix - Álbum: Killing Is My Business... And It´s Business Is Good]


segunda-feira, março 21, 2005

CALDO DE CHAGAS



Foi só com esta situação lamentável das vítimas do Mal de Chagas que me toquei como a gente vai deixando certas coisas para depois e acaba se arrependendo. Há um ano que voltei de São Paulo para Florianópolis e tô me prometendo que vou tomar aquele caldo de cana lá do ARS. Nem sei se ainda vendem, mas era o melhor da cidade.

O lance foi ficando para depois, para depois e agora... sem condições. Além da venda estar temporariamente proibida, vai demorar para alguém se arriscar a beber caldo de cana. Explico, caso alguém ainda não saiba: várias pessoas (não sei o número certo e tô com preguiça de procurar) pegaram a tal doença. Desconfiam que o inseto que provoca o Mal de Chagas, o popular Barbeiro, deve ter sido esmagado junto com a cana utilizada na produção do caldo que este povo consumiu.

[Ouvindo: Saxon - Court Of The Crimson King - Álbum: Killing Ground]

PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!



Há dias em que o cidadão deveria ficar em casa, dormindo. Hoje foi um destes.
No trabalho, pela manhã, tudo o que podia dar errado, acredite, deu errado. Uma outra situação que tinha tudo para ser muito boa, não vai acontecer mais.

Durante o período da tarde, em uma consulta emergencial, descobri que preciso fazer um tratamento de canal em um maldito dente. E há ainda uma cárie. E venceu o prazo da última limpeza geral que fiz nos dentes, daquelas caprichadas. Tudo vai custar a "bagatela" de R$ 500. A parte boa, me garantiu a dentista, é que o dente já tá todo necrosado (que ótimo, não??) e não irei sentir tanta dor durante o tratamento. O que é o estudo, não?

Perguntei se o preço não estaria necrosado também. Ela riu desta infame como se fosse a coisa mais engraçada que já ouviu em seu consultório.

Do consultório, fui direto para a academia. Dia de estreiar série nova de exercícios. Tudo bem, na avaliação feita semana passada, eu comentei que preciso melhorar meu preparo físico e gostaria de ganhar mais massa muscular. Mas não precisava ser tudo no primeiro dia, né??

Vou ficar sozinho aqui no apartamento de quinta à domingo, pois meus pais vão tirar um merecido descanso em Balneário Camboriú. Eu até poderia ir para lá no final de semana. Mas como a maré anda terrível, acho melhor ficar por aqui mesmo. Garanto que, assim que desembarcasse na rodoviária, chuvas e trovoadas desceriam dos céus.

[Ouvindo: Saxon - Hole In The Sky - Álbum: Forever Free]

domingo, março 20, 2005

MORE FROM THE FIFTIES



Há algumas semanas, comentei aqui sobre o Rocket´s, uma lanchonete a la anos 50 que conheci na capital paulista.
Recomendei a visita para aqueles que curtem aquele período, muito refrigerante e sanduíches de alta qualidade e calorias, além, é claro da trilha sonora com grupos de rock and roll básico. Mas faltou passar detalhes de outros estabelecimentos semelhantes, que também funcionam na Grande São Paulo.

As dicas são da colea Giuliana Bastos, que preparou um material sobre este tipo de lanchonete no Guia da Folha de 25 de fevereiro. Não fui nestes que vou citar abaixo, mas ficam como dica para quem mora em Sampa. Se forem, depois me contem se vale o investimento. Nas próximas idas para lá - acredito que eu vá em maio, para ver o Grave Digger - pretendo conferir.

The Clock Rock Bar
Rua Turiassu, 806 - Perdizes
(11) 3672-0845

Burgguer´s
Rua Azevedo Soares, 1172 - Vila Gomes Cardim
(11) 6194-3940

California Traditional Burger
Avenida Padre Manuel da Nóbrega, 514 - Jardim, em Santo André
(11) 4990-3898

The Fifties
Rua Tabapuã, 1100
(11) 3078-9966

Little Darling
Avenida Icaraí, 229 - Indianápolis
(11) 5542-9912

Particularmente, garanto que vale a pena ir ao Rocket´s
Alameda Lorena, 2090 - Jardim Paulista
(11) 3081-9466

Obs.: É mais do que recomendável ligar antes para se informar dos preços e horários de atendimento!

[Ouvindo: Paradise Lost - Mortals Watch The Day - Álbum: Shades Of God]


sábado, março 19, 2005

MENOS BARULHO



Versáo online de matéria do caderno "Ilustrada", da Folha de S.Paulo, mostra que a prefeitura da capital paulista "pretende proibir a realização de eventos musicais e religiosos no período da noite no estádio do Pacaembu". No texto, publicado hoje, o secretário municipal de Esportes de São Paulo, Marco Tortorello, demonstra que o governo da cidade de São Paulo está atendendo à pressão dos moradores da região, cansados do barulho e do transtorno que os eventos musicais criam para a área, como se não bastasse as confusões em dias de jogos de futebol.

Tortorello não prevê a extinção dos shows e afins. Claro, rendem uma boa grana para os cofres da prefeitura, que costumeiramente aluga o Pacaembú para tais eventos. O secretário, como a maioria dos políticos, acabou falando bobagem ao afirmar que "está certo, imagine morar ali ao lado com aquela barulheira de rock'n'roll até meia-noite? Não dá". Claro, apenas rock and roll faz barulho e leva uma multidão para o Pacaembú. Os eventos religiosos e de outros estilos musicais não, né?

Bom, mas deixando esta questão ideológica de lado, por mais que eu tenha ido em vários shows no Pacaembú, concordo com os moradores da vizinhança. Poucas coisas são piores do que ter sua tranqüilidade perturbada pelo barulho e a movimentação causada por eventos que não têm nada a ver com a gente. Como, infelizmente, moro nas proximidades do estádio Orlando Scarpelli, vivencio isso toda semana com os jogos do clube proprietário daquela praça esportiva. Acaba sendo mais irritante quando o lugar é locado para shows e durma-se com o barulho de Lulu Santos e Ivete Sangalo, entre outros desta linhagem. Claro que não há como agradar todo mundo em questões como esta. Sempre vai haver alguém irritado. Ainda mais que vivemos em uma democracia e todo mundo tem lá seus direitos (isto não é uma reclamação).

[Ouvindo: Grave Digger- Let Your Heads Roll - Álbum: War Games]

quinta-feira, março 17, 2005

CÓDIGO DA SENILIDADE



Ouvi hoje em um telejornal qualquer, acho que era o da TV Bandeirantes, que um padre do alto escalão da Igreja Católica Apostólica Romana está em plena campanha contra o livro "O Código da Vinci", escrito por Dan Brown e nova "febre" mundial. O tal padre pede aos católicos que não leiam o livro, pois este conteria "mentiras" sobre a fé cristã. É a típica estratégia burra. Agora é que vai dar curiosidade no povo e, aqueles que não leram, vão se interessar em ler a tal obra.

Eu não li. Tá muito caro, pois o raio do livro tá na moda. Por tudo o que ouvi falar sobre ele, deve ser bom, é o tipo de história que me agrada. Mas também não há nada de original ali. Afinal, este papo de alegar que Jesus Cristo não morreu na cruz, que casou com a Maria Madalena, que teve filhos, isto e aquilo, é mais velho do que andar para a frente. Mas tá valendo. Se serve para irritar os velhos reacionários, eu gosto e apóio. Estes padres deveriam se ocupar com coisas mais importantes. Em tempo, sou católico. Mas não tolero pessoas e instituições que acreditam ter o dom divino de mandar nos outros. Vou ler o livro sim e tá acabado. Não é por causa de um livro que eu vou mudar minha fé.

segunda-feira, março 14, 2005

EM MAIO...



...veremos a conclusão de "Star Wars". Um novo trailer do filme pode ser visto aqui. Fiquei com a impressão de que será o melhor de todos os episódios. Posso estar enganado, mas....
Para ver, é necessário um plugin QuickTime.

E, de acordo com o Master Yoda, "Twisted to the Dark Side young Skywalker has become".


sexta-feira, março 11, 2005

A VIRGEM E O MESTRADO 2



Encerrada a primeira conversa com o professor Pinheiro Machado, saí direto do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) para a Editora da UFSC, que fica ali pertinho, em frente aos ginásios usados nas aulas de Educação Física. O mesmo local em que o Brasil bateu a França na rodada de abertura do Grupo Mundial da Copa Davis, em janeiro de 2000, poucos dias antes da minha mudança para Ribeirão Preto (SP).

Na Editora, fui atrás de um dos livros indicados pelo professor: "Guerra do Contestado - A Organização da Imandade Cabocla", de Marli Auras. Tudo muito bom, tudo muito bonito, mas custou R$ 18 (já com desconto de 20% do preço original). Ai, começou caro este tal de Mestrado. Será que ainda dá tempo para desistir? Minha sorte é que o Celso Martins tem no seu vasto acervo outros da lista. Infelizmente, vou ter que apelar para o velho recurso do estudante pobre e vou xerocar tudo. Só lamento.

Voltando para o Centro, no Expresso... ops! no UFSC Semi-direto, já matei 30 páginas do livro. Fazia tempo que eu não me empolgava com algo assim. Desembarquei no Terminal de Integração do Centro (Ticen) me sentindo um dos seguidores do monge José Maria. Só não cheguei ainda na parte da Virgem, a Maria Rosa. : )

E viva a Monarquia!
E viva o Monge José Maria!
Abaixo a República!

[Ouvindo: Moonspell - A Walk On The Darkside - Álbum: The Antidote]

A VIRGEM E O MESTRADO



Criei vergonha e iniciei hoje, oficialmente, minha tentativa derradeira de "virar gente grande". Fui conversar com o professor do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Paulo Pinheiro Machado. Ele, teoricamente, será meu orientador no Mestrado que pretendo fazer em 2006. Claro, isso se eu passar na prova de seleção, no segundo semestre deste ano.

Cheguei até ele graças ao auxílio de dois colegas com quem convivo desde os tempos do jornal O Estado. Um deles é Celso Martins, veterano repórter catarinense, que me sugeriu o tema para a tese que pretendo trabalhar. Outro é o Carlito, meu contemporâneo do Curso de Jornalismo da mesma UFSC e que, por sinal, já me ajudou no passado, me indicando para uma vaga no periódico acima citado. Desta vez, o marido da Cléia me auxiliou fazendo "a ponte" com o professor Pinheiro Machado, uma das autoridades no tema Guerra do Contestado, que será o pano de fundo para a minha tese.

O futuro orientador é gente finíssima (e não tô fazendo social aqui para convencê-lo a me orientar, afinal ele deve ter coisa mais importante do que ler este blog). De início, recomendou uma "listinha" com DEZ livros sobre o tema, além de uma tese de Mestrado e um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que versaram sobre a pauta que escolhi para pesquisar. E olha que isso tudo é apenas para mero embasamento teórico. Ainda terei que ler uma série de outros livros para a seleção do Mestrado.

Bem humorado, o professor brincou fazendo alusão à dois dos personagens centrais e mais enigmáticos do ainda desconhecido episódio da História do país:

- Agora terás que mergulhar no assunto Guerra do Contestado, diariamente. Quando estiveres sonhando com o monge José Maria, estarás pronto! - comentou ele.
- Eu prefiro sonhar com a Maria Rosa, a Virgem - respondi.

[Ouvindo: Moonspell - Lunar Still - Álbum: The Antidote]





quarta-feira, março 09, 2005

MAIS HERÓIS



O pessoal da minha geração, que foi adolescente nos anos 80 e curtia histórias em quadrinhos de super-heróis, tem o que comemorar. Os sonhos de ver nossos personagens favoritos no cinema são mais do que realidade. Cresci esperando para ver Batman, Homem-Aranha, Hulk e X-Men na telona. Mas não haviam efeitos especiais suficientes e decentes para garantir o Aranha balançando nos céus de Nova Iorque ou o Wolverine aprontando suas garras antes de cair de pau no Magneto. Pelo menos não naquela época.

Anos depois, apesar da decepção com as versões do Batman e do Hulk, ganhamos as ótimas séries do Aranha e dos X-men. Agora, milhões de dólares a mais, a indústria vai ampliar a cota. Ainda em 2005 chegam aos cinemas "Quarteto Fantástico" e "Batman Begins", esta sim, aparenta ser uma adaptação decente do melhor de todos. Para 2007, estão previstos além de novos episódios do aracnídeo e dos mutantes, "Thor", "Surfista Prateado", "Namor, o princípe submarino", "Homem de Ferro", "Motoqueiro Fantasma", "Luke Cage" e "Deathlok".

O que prova o investimento forte da Marvel, editora de 99% de todos estes personagens (somente Batman é da rival DC Comics). Isso, por um lado, é uma pena. A DC tem ótimos personagens também, como Lanterna Verde, Flash, Titãs, Liga da Justiça, Guerreiro, entre outros. Ah, claro, Super-Homem é da DC também. Se não estou enganado, estariam produzindo uma nova versão para a história do Super. Das chamadas editora alternativas, fiquei sabendo hoje que está em plena produção "V, de Vingança" e que "Watchmen", ambas do britânico Alan Moore, deve sair em 2007. A última, por sinal, é considerada a melhor série de quadrinhos de todos os tempos. Realmente, é grandiosa, perfeita. Mas melhor de todos, ao meu ver, é exagero.

É uma pena que, além disso, não devamos ver as outras histórias do universo "Star Wars", além do ciclo de seis episódios que se encerra neste ano com o Episódio III . Ok, não é tecnicamente uma série de quadrinhos, apenas teve adaptações para este tipo de mídia, mas está para mim no mesmo grau de importância.

segunda-feira, março 07, 2005

TIRANDO O ATRASO

Não, o título não é sobre o que você pensou.
Vi hoje, com vários anos de atraso, "Os Suspeitos", dirigido por Brian Synger. Levou os Oscars de Melhor Roteiro Original e Ator Coadjuvante (para Kevni Spacey), em 1995. O elenco tem ainda Benicio Del Toro, o impagável Gabriel Byrne e Chazz Palminteri, entre outros.

Agora entendo o motivo de tanta gente ter gostado muito deste filme. É fabuloso. Ô roteirozinho excelente! Mais um dos filmes policiais noir modernos, a la "Los Angeles - Cidade Proibida". Merece - se é que alguém ainda não tenha visto - uma conferida. Diversão garantida sem sacanear sua inteligência. O final é daqueles "surpreendentes". Eu tava adivinhando a identidade do bandido o tempo todo mas, faltando uns 15 minutos, comecei a achar que havia errado. A surpresa, ao fim, fez valer os 105 minutos de dedicação.

domingo, março 06, 2005

NOVA SEÇÃO

Já havia pensado em incluir isso há tempo, mas a preguiça sempre evitou. Hoje criei vergonha e adicionei uma seção para flogs, ou fotologs, como queiram ali no lado.
Eu até já tinha o link para o fotolog do Gilberto Gonçalves, fotógrafo dazantigas, colega em O Estado.
Agora incluí ainda o da Manu Entringer, uma cidadã gente finíssima, lá do Espírito Santo, que conheci via MSN/Orkut. Vou pesquisar o que o povo anda produzindo por aí e logo aumento a lista. Sei que a Cris Fontinha e a Megui têm fotologs. Logo aparecem mais colegas e a lista irá aumentar com certeza.

sábado, março 05, 2005

RIVALIDADE

As informações abaixo são do Diário Catarinense.

Sinceramente, não sei se a diretoria do Internacional deveria ceder o estádio. Rivalidade é rivalidade, por mais agradável que a situação seja. Sei lá, pode atrair maus espíritos, maus olhados.
Mas já penso na possibilidade de ir prestigiar o Avaí.

Futebol
Grêmio vai enfrentar o Avaí no Beira-Rio

Foi o Grêmio o rebaixado para a segunda divisão do Brasileiro, mas as primeiras partidas da Série B em Porto Alegre nesta temporada serão disputadas no Beira-Rio, estádio do Inter. O motivo é o cumprimento de uma punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça ainda em 2004 ao tricolor gaúcho, que não poderá atuar no Olímpico em seus dois próximos jogos.

Para não sair de Porto Alegre, o presidente Paulo Odone decidiu jogar no estádio do rival. O motivo da punição foram problemas ocorridos no Olímpico durante o segundo Gre-Nal do Brasileiro do ano passado, em 23 de outubro, quando objetos foram atirados contra o gramado.

[Ouvindo:She Loves Me Not - Para Roach - Álbum: Lovehatetragedy]

quarta-feira, março 02, 2005

CARA NOVA, PORÉM VELHA



Os assíduos visitantes já devem ter notado a novidade. Mudei um pouco o layout do blog, agora com uma foto deste vosso amigo. Ok, sou feio, eu sei. Convivo comigo mesmo há 32 anos. Mas, pensem bem, pode ajudar a espantar aqueles insetos irritantes que insistem em se chocar contra o monitor nas noites quentes de verão.

Como não entendo patavina alguma de photoshop e afins, contei, novamente, com a prestimosa assessoria do irmão Lúcio Nunes, santista de fé e de sangue. Por sinal, desde o início deste blog, foi ele quem me salvou com dicas fundamentais para que esta casa siga no ar depois de tanto tempo. Se alguém aí precisar de um bom website, é só entrar em contato com o meu camarada. Por módicas quantias, ele fará o seu produto ter melhor visualização na Internet.

Deixando o jabá de lado.. o curioso é que o visual é novo, mas a foto é velha. Há quase dois meses não uso mais o cavanhaque. Só estou utilizando esta foto por pura falta de uma atual. Ainda não há verba disponível para a aquisição de uma câmera digital. Assim que possível, providencio a mudança definitiva.

[Ouvindo: W.A.S.P. - Ressurrector - Álbum: The Neon God - Part 2]

TIO SAM SEM SOBRINHOS



O texto abaixo é auto-explicativo. Dá o que pensar sobre o futuro do continente.


ANÁLISE

Mais longe dos EUA
RUPERT CORNWELL
DO "INDEPENDENT"

Em cerimônias de posse presidenciais, como em casamentos, a lista de convidados diz tudo. Ontem, em Montevidéu, Tabaré Vázquez tomou posse como o primeiro presidente de esquerda em 180 anos de história do Uruguai. É um fato notável. Mas mais impressionante é a lista de dignitários estrangeiros presentes. Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente centro-esquerdista do Brasil, compareceu. E o mesmo se aplica a Hugo Chávez, o loquaz demagogo que lidera a Venezuela, e a Néstor Kirchner, da Argentina. Nenhuma cerimônia poderia simbolizar melhor a lenta deriva da América Latina para longe da órbita dos EUA.

Até 31 de outubro, o Uruguai era visto como um dos mais leais aliados de Washington no continente. Mas naquele dia Vázquez, oncologista que foi prefeito de Montevidéu, rompeu o tradicional molde bipartidário da política uruguaia ao levar a coalizão esquerdista Frente Ampla a uma vitória eleitoral esmagadora. Hoje, o número de aliados abertos e 100% fiéis de Washington ao sul de sua fronteira com o México não ultrapassa um ou dois. El Salvador e Honduras, com certeza, mas alguém mais? Mesmo o Chile desafiou a superpotência ao se recusar a apoiar a invasão ao Iraque.
Em lugar da velha ordem, um bloco de centro-esquerda vem emergindo. Embora não se oponham necessariamente aos EUA em todas as questões, nenhum desses países segue automaticamente a liderança americana.

Nos últimos anos, a abordagem dos EUA para a América Latina foi distorcida de maneira irrecuperável pela obsessão de Washington quanto a uma ilha de tamanho modesto, Cuba. Os EUA também tentaram intimidar Chávez, apoiando um golpe de Estado fracassado contra ele em 2002 e depois criticando-o sem parar. Agora Chávez assume posições cada vez mais audazes. "Washington planeja minha morte", diz, usando tática castrista para mobilizar simpatizantes.

No passado, os EUA tentavam compreender a América Latina. Na década de 30, o presidente Franklin Roosevelt compreendeu que intervenções militares em Cuba e outras nações do hemisfério eram contraproducentes. Desenvolveu, então, a "política de boa vizinhança". Duas décadas mais tarde, John Kennedy proclamou a Aliança para o Progresso. De lá para cá, porém, a diplomacia americana vem demonstrando enorme ineficiência. Sua obsessão ilógica com relação a Cuba, a insistência em ver o mundo por um único prisma cegaram os EUA quanto às sensibilidades da região. Durante a Guerra Fria, Washington apoiou um elenco de desagradáveis ditadores militares contra o poder soviético.

Mais tarde, a insistência americana em políticas fiscais rigorosas terminou por ser apontada como principal responsável por uma série de crises financeiras.
"Os EUA sofreram derrotas em todas as frentes", diz Larry Birns, diretor do Conselho de Assuntos Hemisféricos, em Washington. "A América Latina não está mais circunscrita ao hemisfério que ocupa, como um conjunto de países no quintal dos EUA."

[Ouvindo: Arch Enemy - We Will Rise - Dead Eyes See No Future ep]

terça-feira, março 01, 2005

FAST FOOD FROM THE FIFTIES



Passei por São Paulo entre a última sexta-feira e ontem. Tava precisando descansar do dia-a-dia.
Aproveitei para rever alguns amigos (mas não consegui ver todos); ir em cinema decente; ver o show que eu esperava há duas décadas; e para.... comer!
Ontem matei a curiosidade e comi um Burger King. Sim, a famosa rede norte-americana de fast food finalmente se instalou no país. Bem, ao menos em Sampa. Passei no Shopping Metrô Tatuapé e mandei ver num sanduíche daqueles. Agora sim, tenho certeza que o tal McDonalds é uma $%#@!&*&!

Mas o mais legal foi uma lanchonete que conheci com a Joice no domingo à noite. O Rockets, na Alameda Lorena, 2090. Típica lanchonete dos Estados Unidos na década de 50. Decoração relativa à época, jukeboxes em cada mesa onde o cliente pode escolher o som. E, obviamente, só o fino do rock and roll dos fifties. Mas nada daqueles carnes-de-vaca tipo Jerry Lee Lewis, só grupos dos mais obscuros - para nós - tocando o melhor do rock original. Eu que curto muito tudo isso, me senti num filme, tipo "Peggy Sue - Seu passado a espera".

E a parte ainda melhor é que rola no Rockets uns sanduíches fenomenais, cheios dos molhos especiais, com um preço honesto pela quantidade e qualidade do rango. Bebi até Coca-Cola com sabor morango. Achei honestamente que ia ser uma baita roubada mas, que nada, é muito bom. Se eu tivesse grana, montava uma parada destas aqui nesta ilha esquecida por Deus. Além do Rockets, segundo o Guia da Folha publicado na sexta passada, há ainda o California Traditional Burger, The Fifties, Little Darling e o The Clock Rock Bar, todos seguindo o mesmo estilo. Nas próximas idas à capital paulista, vou visitar os demais.

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