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sábado, janeiro 28, 2006

DO ESPAÇO SIDERAL

A partir de hoje, o caderno "Viva", setor que cuida da parte cultural dos quatro jornais da rede Bom Dia, traz uma coluna from outerspace.
Não é que meu novo empregador mantenha contatos com um homenzinho verde, o ET de Varginha ou algum foragido da série "Arquivo X". Pelo contrário, é contato imediato com um astronauta de verdade. E brasileiro, vejam só!

Marcos Pontes, natural de Bauru (SP), cidade na qual a rede mantém o "Bom Dia Bauru", está produzindo uma coluna diretamente de Star City, na Rússia, onde ele completa seus preparativos para viajar na espaçonave Soyuz, em 22 de março deste ano. Pô! o cara está na base onde o lendário Yuri Gagarin treinou, goddamit!!

O primeiro texto, reproduzo aqui. Depois, para ler os próximos, basta acessar o link: http://tvtem.globo.com/bomdiajundiai, ir ao menu "Notícias" e clicar em "Viva".


Coluna de Marcos Pontes
Um brasileiro no espaço



As colunas de Marcos Pontes serão publicadas diariamente até o domingo, 5 de fevereiro. A partir daí e até agosto, as colunas serão semanais, sempre aos domingos, inclusive no período em que ele estiver na Estação Espacial Internacional.


"O percurso é solitário. Faz frio. O silêncio é quebrado apenas pelo canto dos primeiros pássaros matinais e pelo ruído cadenciado dos meus passos sobre o gelo fino e escorregadio que se formou depois da neve. Luzes amareladas e translúcidas iluminam o caminho estreito entre os pinheiros cobertos de branco. A paisagem lembra cartões de Natal. Não dá para ver o final da curta travessia que vai do hotel dos cosmonautas, o “Profilactorium”, à entrada do núcleo de treinamento. São seis horas da manhã. Ainda está escuro. Caminho rapidamente. Os horários são apertados e, como de costume, a agenda do dia será longa. Meus pensamentos são difusos como o ar quente expirado que se mistura ao frio e se transforma numa pequena nuvem branca. Lembro de pessoas, lugares, momentos e eventos que antecederam minha chegada aqui: na “Cidade das Estrelas”!

Localizada a 25 km de Moscou, a “Cidade das Estrelas” é uma base militar que abriga o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin. O próprio Yuri Gagarin foi treinado aqui. A cada passo dentro desse lugar nos deparamos com alguma parte da história do programa espacial e do desenvolvimento das missões tripuladas nas últimas quatro décadas.
A arquitetura dos prédios retrata a filosofia soviética da época da sua construção. Edifícios residenciais com desenho repetitivo, um largo eixo monumental, instalações geograficamente setorizadas, algumas pequenas lojas, obras de arte, a estátua de Gagarin em local de destaque, próxima à entrada do setor operacional.

O setor operacional é de acesso restrito. Muros altos e sentinelas no portão principal garantem a segurança dia e noite. Dentro desse setor, onde a grande maioria das atividades de treinamento são desenvolvidas, existem três prédios principais situados ao redor de um jardim central. Eles são numerados a partir da esquerda de quem entra e segue pelo centro da praça. Assim, o prédio 1 fica ao lado esquerdo do visitante, o prédio 2 diretamente à sua frente e o prédio 3 ao lado direito da praça.

No prédio 1 encontram-se os simuladores da espaçonave Soyuz e da Estação Espacial, enquanto no prédio 2 são ministradas as aulas teóricas sobre seus sistemas. Pesquisas médicas, consultas e exames são conduzidos no prédio de número 3. Lá podem ser vistas as famosas centrífugas para testes de alta carga “g” e as câmaras de grande altitude, mostradas inclusive nas últimas reportagens da TV Globo.

Além dessas construções, o setor operacional também comporta duas cantinas, dois ginásios, centro de visitantes, núcleo de fisioterapia e outras instalações de suporte.
Tudo é organizado de forma sistemática com o objetivo primário de viabilizar a atividade espacial tripulada. A eficiência dessa organização é demonstrada pelo sucesso das missões e projetos aqui desenvolvidos e pelo número bastante reduzido de fatalidades durante todo o tempo de operação desse programa.

A Chegada ao Centro

Há pouco mais de três meses, no dia 12 de outubro, decolei de Houston, Texas (EUA), com destino à Rússia. O vôo, com escala em Paris, partiu com uma hora de atraso. Tempo suficiente para que eu perdesse a conexão para Moscou, permanecendo por várias horas a circular pelo saguão do aeroporto “Charles De Gaulle” enquanto esperava pelo próximo embarque. Como início de treinamento, ali já aprendi duas lições: primeiro, nunca tenha uma conexão com menos de três horas em Paris; segundo, no saguão do terminal B existem lojas, mas não existem assentos de espera. Eles ficam no portão de embarque, depois da inspeção de segurança. Lá, pode-se sentar calmamente, desde que não seja necessário usar os banheiros, que ficam apenas do lado de fora do embarque, no saguão B. Ou seja, a lógica da situação operacional exige certo planejamento. Esteja preparado, caso passe por lá.

Atrasos e logísticas fisiológicas à parte, cheguei a Moscou no dia 13 de outubro, no começo da noite. A diferença de horário é de nove horas. Isto é, aqui estamos nove horas à frente de Houston e cinco horas à frente do horário de Brasília. Isso garante a insônia das três primeiras noites e a justificativa pelos olhos vermelhos durante as primeiras aulas. Passado o processo de imigração e de alfândega, feliz pelas duas malas terem chegado no mesmo vôo, segui para o desembarque. Lá encontrei um oficial do Centro de Treinamento que me aguardava com uma folha de papel com meu nome impresso. Pedi desculpas pelo atraso em inglês. Deveria ter sido em francês! Ele não se importou. Disse que não havia problemas, sorriu e começamos a caminhar pacientemente em direção ao carro, enquanto me alertava sobre o inverno russo que chegaria em breve. Ele parecia descansado, apesar do tempo de espera. Não pude evitar olhar para os assentos de espera do saguão do aeroporto. Havia vários.

No carro, a caminho da “Cidade das Estrelas”, conheci o trânsito de Moscou. Entendi por que as placas de propaganda aqui podem ser lidas completamente, apesar do tamanho das palavras. Até eu, que pouco ou nada sabia do alfabeto cirílico, conseguia ler todas as placas, embora não entendesse quase nenhuma delas.

Depois de duas horas e meia, chegamos ao Centro e seguimos para o “Profilactorium”. Coloquei a bagagem no quarto 32, agradeci e pedi desculpas, novamente em inglês, pelo atraso. O jovem oficial entregou-me a programação do dia seguinte e partiu. Fechei a porta, sentei no sofá da saleta de entrada do apartamento para pensar por uns instantes. Tudo parecia um tanto “misterioso” e “mágico” naquele momento. Finalmente, depois de tantos anos de luta, a realização da missão espacial estava a apenas cinco meses. Por certo seria um tempo de trabalho intenso. Muita coisa nova, novos sistemas, novos procedimentos, nova língua! Respirei fundo, olhei em volta, sorri satisfeito e confiante, levantei e comecei a desfazer as malas. Ali seria “meu lar” pelos próximos meses, com muita atividade, estudos, testes e...

“Crachá por favor”, diz o sentinela, em russo, enquanto minha mente retorna rapidamente das lembranças e pensamentos que me acompanharam nessa manhã fria.

Mostro a identificação de Cosmonauta. Ele agradece e presta continência. Entro no setor operacional. Olho para frente. Continuo a caminhar, firme e disposto, para mais um dia de treinamento. A neve cobre a estrada de branco, o caminho branco para o espaço!".

[Ouvindo: Sinergy - Passage To The Fourth World - Álbum: Suicide By Mi Side]


UTILIDADE PÚBLICA

Passada a fase de limpeza e aquisição de apetrechos básicos (lâmpadas, balde, vassouras, etc) lá pro apartamento de Jundiaí, está na hora de adqüirir coisas realmente úteis.
Vou sugerir para o Evandro e para o Guilherme, os camaradas que dividem comigo o "Centreventos", a compra de um produtinho legal, conforme descrito nesta matéria de utilidade pública divulgada no website do Terra.


Eletrônicos
Sexta, 27 de janeiro de 2006, 11h54 Atualizada às 11h58
Robô garçom gela e serve até seis latas de CERVEJA


A fabricante de cerveja japonesa Asahi apresenta um pequeno refrigerador que é um robô garçom. Ele tem capacidade para gelar, abrir e servir seis latas de cerveja (ou refrigerante). Basta apertar um botão e o robozinho abre sua "barriga", tira a lata, abre e enche um copo - que também fica armazenado dentro dele, gelando.



O robô garçom tem seis compartimentos para latas de bebida e mais dois para canecas ou copos. E ele é objeto de uma promoção da cervejaria. Cinco mil desses robozinhos garçons serão dados às pessoas que juntarem os 36 selos especiais da promoção que virão nas latas de cerveja Asahi. Mas - infelizmente - a promoção vai ser realizada apenas no Japão, de 20 de fevereiro até 22 de maio.

[Ouvindo: Faster Pussycat - The Bathroom Wall - Álbum: The Decline Of Western Civilization - Part II - The Metal Years - Original Soundtrack]

terça-feira, janeiro 24, 2006

AS COISAS SE ACERTAM 

Finalmente, as coisas vão se acertando aqui em Jundiaí.
Vou dividir um apartamento com dois colegas do jornal. Com um deles, o velho Evandro Spinelli, eu já havia trabalhado na Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto, em 2000. Prá minha sorte, o outro, Guilherme, que também é de Ribeirão mas eu não conhecia, é tão gente boa quanto o primeiro.

Mais sorte ainda, o Guilherme tava com um apartamento montado em São José do Rio Preto, no outro jornal da rede. Com isso, não vamos precisar comprar móveis. Com sorte dupla, conseguimos um apartamento grande, 3 quartos, a menos de 10 minutos da redação, em um bairro bom e com várias utilidades (supermercado, posto de combustível, farmácia, etc e tal) bem próximo do prédio. Este, por sinal, tem porteiro 24 horas por dia, dois portões com chave, segurança total. Há ainda uma quadra prá bater um futsal, mesa de sinuca e um salão de festas prá aqueles tradicionais convescotes. Como perfeição não existe, não há piscina nem, pior, churrasqueira. Mas já seria pedir demais.

Amanhã uma tia que cuida da limpeza no jornal vai lá dar uma geral no apartamento. Na sexta pela manhã chega a mudança. Como cada quarto já conta com guarda-roupas embutidos, o único móvel no qual vou precisar investir será um colchão.

Sábado próximo eu desembarco em Florianópolis. Vou buscar parte das tralhas, rever o povo, comer o tradicional churrasco preparado pelo meu progenitor. Na segunda-feira, passo em A Notícia para fechar as contas e rever/me despedir dos colegas. Segunda mesmo eu retorno, pois o trampo aqui é puxado e parece não ter fim. Não que eu esteja reclamando, se fosse necessário, viria embora novamente.

Não sei se conseguirei trazer meu computador desta vez, então, o acesso à Internet continuará precário. Mas o blog segue vivo, apesar da fase stand by.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Finalmente, Ano Novo, vida nova 

Problemas particulares me forçaram a tomar uma decisão não programada. Desde o último dia 6 estou morando em Jundiaí (SP). Ou melhor, quase morando, pois o apartamento novo ainda não está 100% pronto, o que me obriga a fazer um bate-volta diário entre São Paulo e a cidade vizinha.

Nesta semana oficializei meu pedido de demissão no jornal A Notícia, pois há outro emprego em vista. Meus planos eram continuar em Florianópolis, me dedicar - mais uma vez - à briga por uma vaga no mestrado, mas a vida acabou tomando outros rumos. Nem sempre dá para ser como a gente planeja. Daqui duas semanas eu volto para Santa Catarina assinar a papelada da demissão e buscar as tralhas.

Deve ser para compensar aquele 2005 insignificante e insuportavelmente looser, praticamente um "ano Dawson". 2006, ao contrário, começa com grandes possibilidades.

Por causa disso tudo, e porquê meu computador permanece em Floripa, o blog vai ficando parado. Peço paciência àqueles que costumam visitar o Bonassoli. Em breve, retomaremos o ritmo normal.

domingo, janeiro 08, 2006

OS BARES DA AVENIDA

De passagem pela simpática Jundiaí, localizada a pouco mais de 35 minutos da capital paulista, é impossível não notar a boa quantidade de bares na avenida nove de julho, a principal da cidade. Isso me fez lembrar de Belo Horizonte, a entusiasmante sede das Minas Gerais e seus "trocentos" barzinhos. Havia até uma lenda de que lá estaria o maior número de estabelecimentos... hã?... digamos... de entretenimento etílico em toda a América do Sul.

Mas este post é sobre Jundiaí. Se em apenas uma avenida as opções de diversão surpreendem, o que esperar das demais áreas do município? Estas férias prometem.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

FÉRIAS

Bonassoli entra em férias e deixa Florianópolis por uns tempos. Ou seja, muito provavelmente, este blog deve ficar sem atualização por alguns dias (não que ele estivesse em atividade full power ultimamente). Bom Ano Novo prá todo mundo e, assim que possível, voltaremos com a programação normal. : )

domingo, janeiro 01, 2006

2006, KING KONG ETC E TAL

Prá todo mundo que passa por aqui, Feliz Ano Novo.
Mas que este ano seja novo mesmo e não uma repetição do insuportávelzinho daquele 2005 famigerado. Agora, na seção "votos", que 2006 tenha muita saúde, emprego, bons salários, família sempre unida, amigos de verdade, amor e muito rock and roll (cada um decide a escala de importância).

Pelo menos na parte entretenimento, iniciei hoje a campanha por um ano legal. Fui ao cinema ver "King Kong", dirigido pelo Peter Jackson, com o impagável Jack Black, Adrien Brody e a powerfull Naomi Watts. Assim, se você gosta de "cinema cabeça", "filme europeu", Almodovar e afinados, pare de ler e vá para o cine-clube mais perto da sua casa (mas não me convide). Caso contrário, é um ótimo filme "pipoca com guaraná". Bem, no meu caso foi "Cicarelli com salgadinho". Passei no supermercado e comprei uma Cicarelli (aquela Skol de boca grande) e mais algumas guloseimas. Recomendo, pois são quase três horas de filme.


Brody: Segura que o gorilão vei aí.

É um excelente remake do original de 1933 (direção de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack). Obviamente, existem várias seqüências risíveis de tão impossíveis. Claro, como se fosse possível uma ilha esquecida por Deus e cheia de dinossauros e um macaco de sete metros de altura. Voltando à película, uma das mais hilárias é quando o macacão escorrega sobre um lago congelado com a loura nas mãos. Um romantismo só. Mas êita laguinho bem firme, não? Suportou as trocentas toneladas do Kong sem sequer trincar.

Mas o que irrita mesmo é a Naomi Watts sem saber se fica com o gorilão ou com o narigudo do Adrien Brody. Por falar nele, se o critério para a doce mocinha escolher seu par fosse interpretação, o Kong ganhava fácil. Deu um banho no cara que já ganhou Oscar e tudo mais. Ou seja, diversão total: mulher bonita, galã patético e muitos efeitos especiais impressionantes.


Watts: Amarradinha

[Ouvindo: Xandria - Some Like It Cold - Álbum: Ravenheart]

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