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quinta-feira, setembro 20, 2007

A VELHA CRISE CARCERÁRIA

A Gazeta Mercantil publicou ontem uma matéria sobre um dos problemas do sistema carcerário do Brasil. Com base em dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o jornal revela que o país é tem a oitavo maior população carcerária por habitante.

"Em 1995, eram 148.760 mil presos no país. Até junho deste ano, havia 419.551 mil detidos em penitenciárias e delegacias. Em 1995, a proporção era de 95 presos para cada 100 mil habitantes. Hoje, esse número aumentou e chega a 227 presos para cada 100 mil habitantes", mostra a reportagem.

No texto, Maurício Kuehne, diretor-geral do Depen, é citado afirmando que, "se fossem contabilizados os mandados de prisão expedidos e não cumpridos, o país disputaria com Cuba a terceira posição mundial." Segundo ele, dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública apontam que cerca de 500 mil mandados não foram cumpridos, o que dobraria a população carcerária. "A taxa da população carcerária do Brasil por habitante está bem acima da média da América do Sul, que é de 165,5 por 100 mil", contou Kuehne.

Ao ouvir o diretor, a Gazeta Mercantil alerta ainda que este crescimento supera de longe as vagas criadas pelo sistema penitenciário brasileiro. "Para acabar com o déficit de cerca de 200 mil vagas nas cadeias de todo o país seriam necessários R$ 6 bilhões, de acordo com o diretor-geral da Depen. A opinião do dirigente do Depen para uma possível solução deste imbróglio é semelhante à deste blog. Não basta aumentar o número de vagas, mas é fundamental usar penas alternativas.

Conforme Kuehne, "em 1987 havia apenas 197 penas alternativas em execução e em 2006 as aplicações chegaram a cerca de 300 mil casos." Se não fosse isso, as celas estariam ainda mais abarrotadas. São quase 500 mil pessoas dentro de cadeias, presídios e penitenciárias. Vivendo, comendo, tendo atendimento médico - de modo precário, nem se discute - mas "de graça". Com a conta ficando para os impostos que a sociedade que foi prejudicada por estas pessoas.

Muito se fala em regeneração, em reintegração. Mas como isso vai acontecer se este povo todo fica sem fazer (na absoluta maioria dos casos) sem fazer nada de útil. São quase 500 mil cidadãos que poderiam estar TRABALHANDO enquanto cumprem as respectivas penas. É o velho papo, se preso votasse, tudo seria melhor.

[Ouvindo: Running Wild - Into The Fire - Álbum: Victory]

segunda-feira, setembro 17, 2007

E SE PRENDEREM O CACCIOLA?

O futuro so ex-banqueiro Salvatore Cacciola - que está sob custódia da Interpol no principado de Mônaco - pode ser decidido ainda hoje, a partir das 11h. Na primeira audiência em Brasília, o juiz pode, segundo a Folha de S.Paulo, optar pela prisão do cidadão para que seja extraditado ao Brasil, liberá-lo se avaliar que os crimes não foram cometidos em Mônaco, mas no Brasil, ou "ainda mantê-lo detido para dar um prazo maior para que as autoridades brasileiras justifiquem o pedido de extradição."

Cacciola fugiu da Justiça brasileira em 2000. Cinco anos depois, foi condenado à revelia por gestão fraudulenta, peculato e corrupção passiva (foi condenado a 13 anos de prisão). Independente de qual seja a decisão da Justiça, do quê vai adiantar - na prática - manter (mais um) criminoso do colarinho branco atrás das grades? Não, este blog não é favorável à impunidade. Mas será outro criminoso morando e comendo às custas dos impostos pagos pela população brasileira.

O que interessa é recuperar o dinheiro que ele, de acordo com a Justiça, roubou, desviou, se apropriou. É fazer esta bolada toda ser investida de modo correto em saúde, em educação e segurança pública. E é fazer o acusado TRABALHAR para repor cada centavo que ele aproveitou no exterior.

[Ouvindo: Uriah Heep - Fools - Álbum: Conquest]

domingo, setembro 16, 2007

EXCELENTE INICIATIVA

Não existem dúvidas sobre a principal causa de mortes no trânsito. O consumo de bebidas alcoólicas é, disparado, o maior responsável por tragédias tanto nas vias urbanas quanto nas estradas. Há alguns anos, os fabricantes de cerveja vêm citando em suas campanhas publicitárias a existência dos riscos que o álcool oferece. Infelizmente, são apenas citações, não há uma campanha mais objetiva sobre o tema.

A maior novidade neste setor surgiu há pouco tempo por meio da Schincariol. Ao invés de mostrar praias, sol, calor, verão e de explorar as imagens de lindas mulheres seminuas, a cervejaria - em comercial criado pela agência publicitária Fischer América - investe na conscientização. O que se vê é um copo recebendo a cerveja e mostrando como o precioso líquido pode distorcer a visão de quem o consome.



Curiosamente, a Schincariol nem é uma das melhores cervejas deste país em termos de sabor. Mas ganhou vários pontos pela iniciativa.

[Ouvindo: Uriah Heep - Return To Fantasy - Álbum: Beautyful Dream]


É NAS BRINCADEIRAS QUE SÃO DITAS AS MAIORES VERDADES

A edição de hoje da Folha de S.Paulo traz uma matéria bem interessante. Assinado pelo colega Fábio Chiossi, o texto "Comediante assusta políticos na Itália" bem que poderia se tornar exemplo e incentivo para o surgimento de um fenômeno semelhante aqui na república brasileira. "Com popularidade alta, Beppe Grillo mobilizou 50 mil em Bolonha pela diminuição de privilégios dos mandatários" e "ator colhe assinaturas para levar ao Parlamento proposta de referendo que mudaria sistema de votação e seleção de candidatos" são frases que chamam a atenção.

"O comediante italiano Beppe Grillo tem deixado de cabelo em pé boa parte dos políticos italianos, estejam eles ligados à União, a coalizão do governo de centro-esquerda de Romano Prodi, ou à Casa da Liberdade, a forte oposição de direita que tem no ex-premiê Silvio Berlusconi figura de peso", é a abertura da matéria. Segundo Chiossi, o comediante se transformou em um especialista "em criticar a corrupção - principalmente a política e a empresarial - na Itália."

O cidadão vem fazendo um abaixo-assinado para garantir a aprovação de uma maravilhosa idéia: a inelegibilidade de qualquer cidadão que tenha sido condenado por algum crime; a proibição da candidatura dos que já tiverem cumprido dois mandatos na Casa; e a instituição do voto nos nomes dos candidatos, em vez de na lista partidária. "Com essa plataforma, divulgada em seus shows e no seu blog (www.beppegrillo.it), Beppe Grillo conseguiu reunir cerca de 50 mil pessoas na praça central de Bolonha no último dia 8 de setembro", explica a reportagem da Folha.

Além dos políticos, o plano de Grillo mira também banqueiros, mídia, empresa e mentirosos em geral. Ainda de acordo com a Folha, o abaixo-assinado "registrava seu blog na última quinta, já tinha mais de 330 mil assinaturas. São necessárias 500 mil para que uma proposta de referendo vá ao Parlamento." Esta iniciativa deveria ser importada para o Brasil.

[Ouvindo: Uriah Heep - Return To Fantasy - Álbum: Return To Fantasy]


segunda-feira, setembro 10, 2007

SINAL DOS TEMPOS

Saí na manhã do último sábado para procurar um filtro de água. Daqueles tradicionais, feitos de barro. Rodei o comércio do Estreito praticamente inteiro e nada de achar o produto. Os vendedores alegam que não se encontra mais para vender este tipo de filtro.


Ícone: Símbolo do passado é trocado pelas modernidades

De acordo com os vendedores, a população "não usa mais os filtros de barro". A moda, nos últimos anos, são os filtros modernosos, daqueles instalados na parede. A pujante indústria de venda de água em bombonas plásticas também tem responsabilidade direta no fim deste simpático símbolo de saúde. Pode até parecer nostalgia, mas o gosto da água é muito melhor quando ela é filtrada em bom filtro "antiquado".

[Ouvindo: Skid Row - Riot Act - Álbum: Slave To The Grind]

terça-feira, setembro 04, 2007

MORADORES DA COLONINHA QUESTIONAM TRANSFERÊNCIA

DE COMUNIDADE CARENTE PARA O BAIRRO

Um abaixo-assinado, que até o momento já conta com mais de 700 assinaturas, será entregue nesta quarta-feira, dia 5 de setembro de 2007, a partir das 15h, na Prefeitura Municipal de Florianópolis e, em seguida, na Câmara dos Vereadores de Florianópolis, solicitando uma Audiência Pública e informações oficiais sobre a transferência de uma comunidade carente da Ponta do Leal para um terreno na Coloninha. A iniciativa é dos moradores da Coloninha que não foram consultados sobre a mudança de 72 famílias de uma área social de risco para o bairro.

Segundo Francisco Carlos Posich, o Chico, morador da região há 39 anos, a comunidade não foi questionada porque a Prefeitura incorporou a Coloninha ao vizinho bairro do Jardim Atlântico. "Não temos nada contra os moradores de nenhuma outra comunidade ou os da Ponta do Leal, que é popularmente chamada de Vila Miséria. Inclusive, temos informações de que eles não querem ser retirados de onde vivem. O correto não seria trocar o problema de lugar, e sim resolver onde ele se encontra atualmente, o que parece não ser interesse do poder público. Caso a mudança ocorra, é mais interessante a Prefeitura indenizar a comunidade para que aquelas pessoas possam comprar um imóvel de modo digno onde desejarem. Queremos é ouvir do governo municipal mais detalhes sobre este projeto e sermos ouvidos, deixando clara a nossa posição", comenta Chico.

Os moradores da Coloninha vêem na área prevista para a instalação das novas famílias uma possibilidade de melhoras para o bairro. "Não temos nenhuma área de lazer para crianças e idosos. Temos um déficit habitacional no bairro e não temos um posto policial. O local pode ser muito útil para a região", comenta Rodrigo Cunha, morador do bairro há 30 anos.

O terreno, de 3.593,24m2, que pertencia ao grupo Koerich, foi desapropriado pela Prefeitura com o Decreto 4495, de 14 de novembro de 2006 em troca de impostos vencidos e vincendos em um valor aproximado de R$ 700 mil. Os moradores da Coloninha questionam a legalidade desta troca. De acordo com advogados consultados por eles, a referida desapropriação só poderia acontecer com o pagamento em espécie se o imóvel estivesse cumprindo a sua função social. Pois, caso contrário, o pagamento deveria ocorrer por meio de emissão de títulos públicos. Em função disso, os moradores acreditam na possibilidade de existirem outras ilegalidades no processo de desapropriação.

A busca de informações trouxe à tona a possibilidade de vários interesses financeiros privados. Pois, na Ponta do Leal, onde está situada a Vila Miséria, existe um projeto para a construção de um porto turístico orçado em US$ 80 milhões, valor equivalente a R$ 156 milhões no câmbio do dia 4 de setembro de 2007.

A comunidade, sentindo-se esquecida pelos vereadores eleitos pelo bairro, está em processo de formalização da associação que irá representá-los. Com isso, vai buscar também a solução para o problema do abandono da Escola de Educação Básica Professora Otília Cruz e de praças públicas no bairro, entre outras questões.

Mais informações com:

Rodrigo Cunha (48) 8405-6647

Francisco Carlos Posich (48) 8831-9499

Detalhes do projeto Porto Turístico de Florianópolis estão em:

http://www.portoturisticodeflorianopolis.blogspot.com


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