Bonassoli do seu site --> <$BlogRSDUrl$>

terça-feira, dezembro 28, 2004

CARA LIMPA



Depois de 13 anos, voltei a ser um homem de cara limpa. Explico. Pela primeira vez em todos estes anos, tirei o cavanhaque, deixando meu rosto completamente "limpo".
Aproveitei a folga de cinco dias que começa amanhã, pra raça na redação não me ver e não pegar no meu pé, hahahaha! Caso eu não me acostumar, ainda há tempo para deixar crescer novamente.

Agora, falando sério, tá muito estranho. Só tô me reconhecendo porquê fiquei ainda mais parecido com meu pai. Quem já viu o Seu Jaime sabe que podemos facilmente ser confundidos um com o outro. Falando nisso, não foi uma nem duas pessoas que já o viu na rua sem conhecê-lo e sacou que era meu pai.

[Ouvindo:Spiritual Healing - Death - Álbum: Spiritual Healing]

domingo, dezembro 26, 2004

OSSOS DO OFÍCIO



Vida de jornalista é complicada. O salário é uma miséria, a infra-estrutura para se trabalhar normalmente é lamentável e feriado sim, feriado não, a gente precisa estar na lida, longe da família e do descanso, como qualquer mortal normal.

Hoje, finalmente, acabou o plantão de Natal, no qual marquei presença junto com alguns colegas. E, como não poderia deixar de ser, entrei na roubada. Ao apagar das luzes, quando fazia a última ronda telefônica junto às polícias (civil, miliar, rodoviária estadual e rodoviária federal), eis que surge uma pauta. E depois de uma tarde de marasmo completo, onde nada de relevante aconteceu. Não é que caiu (ou foi jogada, ninguém sabe até agora) uma mulher do alto de um edifício no Centro da capital de todos os catarinenses? Aí foi aquela correria para apurar a história, pois ainda havia tempo hábil para atualizar a edição de amanhã de A Notícia.

Ninguém na polícia sabia, muito menos no Corpo de Bombeiros. No Hospital Celso Ramos, para onde a vítima foi levada, só havia a confirmação da morte dela. Resultado, o expediente se prolongou até às 21 horas e ficamos sem a confirmação do nome e a idade da pessoa. Ontem, eu escapei de roubada semelhante. Os azarados do dia foram os colegas Alexandre Lenzi e Cris Fontinhal, que precisaram sair às pressas para cobrir um incêndio, também no Centro de Florianópolis (por sinal, foi o terceiro em uma semana).

Bom lembrar que na sexta-feira, o Lenzi, a Lúcia Helena e os editores também extrapolaram o horário por causa do julgamento do Dário Berger. Eu também entrei na dança e fui cobrir uma reunião de Colegiado, onde o governardor Luiz Henrique da Silveira confirmou que a Santur (o orgão do governo responsável pelo turismo) será privatizada. Nos três dias, as pautas-chave só aconteceram depois do horário. Um espetáculo, não?

Tomara que a turma do próximo plantão, a partir de quarta-feira, tenha mais sorte.

[Ouvindo: Las Cruces - Black Waters - Álbum: Ringmaster]

sexta-feira, dezembro 24, 2004

HO! HO! HO!



Esta data não tem os mesmos significados para todos. Alguns não são cristãos, outros não acreditam em religiões. Mas o que vale mesmo é a intenção de épocas melhores, os bons sentimentos, a confraternização, o desejo sincero de um mundo mais tolerante e regido pela amizade e não pelos interesses mesquinhos. Então, para todos os amigos que sempre me privilegiam com sua presença aqui neste blog - Giancarlo, Fausto Cabral, Ilton, Alicinha, Lúcio Nunes, Alexandre Gonçalves (inevitavelmente vou esquecer alguém) - e àqueles que apenas vêm e dão uma lida quase que diariamente, um ótimo Natal, independente de suas crenças.

Desejo para vocês tudo aquilo que sempre se oferece nesta época do ano, mas em dobro. Voltem sempre!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

SACANAGEM

Vou precisar trocar minha conta de e-mail. Automaticamente, tive a "brilhante" idéia de voltar a usar a velha conta do Hotmail. Parecia ser simples, bastava configurar o Outlook Express para baixar as mensagens da citada conta e o problema estaria resolvido.

Ledo engano. O Hotmail não permite isso (ou seria a Microsoft?) a não ser que você pague por uma conta com um upgrade. Traduzindo, desde que o cidadão desembolse R$ 60 por ano. É uma sacanagem, não é não? Acho que vou precisar apelar para o meu provedor de acesso via rádio.

MUDANÇA

Terminei ontem um relacionamento que completaria cinco anos daqui a nove dias. E por mais que seja melhor para as duas partes, encerrar uma vida em comum é sempre algo muito difícil. Uma das partes sempre sai machucada, a outra sai muito machucada. Normalmente, alguém acha que está tomando a decisão correta para o bem de ambos. Este sou eu. E, normalmente, a outra pessoa acha que é um erro, que o status quo do namoro/rolo/casamento pode seguir como vinha sendo nos últimos tempos.

É sempre uma decisão dolorosa. Ambos perdem, mas é o preço a se pagar para que ambos venham a ganhar. Meno male que seguimos amigos como, na verdade, já éramos nos últimos dois anos. Eu só espero que ela possa me perdoar por toda a minha intransigência, por todos os meus defeitos, por todas as minhas exigências de moleque mimado, por todas as pequenas mágoas e transtornos que lhe causei.

Eu só posso ser eternamente grato por tudo que ela fez por mim, por toda a sua compreensão e sua amizade. Por todo o carinho e amor que me ofereceu sem esperar nada em troca. Por todas as vezes - e foram muitas - que salvou minha vida. Em uma ou duas vezes, literalmente. Só tenho a agradecer por ela ter sido minha amiga, namorada, mulher, amante, irmã, mãe, professora e anjo da guarda.

Sem ela, eu ainda seria o imprestável que era até 1999. Com ela, cresci, deixei de ser menos adolescente (afinal, nós homens, estamos sempre na adolescência). Sob seu exemplo, aprendi a ver o mundo com outros olhos, agora menos mesquinhos e egoístas. Por ela, fiz o que pude e, reconheço, foi pouco, muito pouco. Mas, infelizmente, não consigo ser o homem que ela quer, que precisa e merece. Nossos objetivos e planos para o futuro são diferentes demais. Não são compatíveis. Inconciliáveis. E, segundo palavras dela mesma, "a gente não consegue mudar as pessoas como gostaríamos que elas fossem".

Rezo para que ela sofra o menos possível nessa hora de mudança. Para que compreenda tudo isso e só guarde as boas coisas que vivemos e construímos juntos. Para que siga me oferecendo sua amizade. Mas, muito mais do que isso tudo, para que alcance a felicidade que é dela e de mais ninguém.

[Ouvindo: Killing Moon - Echo & The Bunnymen - Álbum: Ocean Rain]

segunda-feira, dezembro 20, 2004

SENSIBILIDADE

Florianópolis, segunda-feira, 20 de dezembro de 2004. Por volta das 10 horas, um incêndio destrói duas casas e uma terceira parcialmente no Morro da Penitenciária, região pobre da cidade.

Meia hora depois, em meio ao desespero das vítimas, dos bombeiros trabalhando para controlar o fogo, a repórter da RBS - a toda poderosa afiliada da Globo em SC e RS - pergunta para uma das senhoras que perdeu tudo:
- Como vai ser o seu Natal neste ano?

Não satisfeita, ela passa para a segunda mulher que ficou sem nada.
- Como vai ser o seu Natal neste ano?

domingo, dezembro 19, 2004

OUTRO CONVESCOTE

Hoje rolou um almoço muito legal no Pitangueiras (é esse o nome?), lá em Sambaqui.
A turma resolveu se reunir para mais um daqueles tradicionais convescotes de final de ano e para comemorar o aniversário do Jaime, que foi há alguns dias. Estavam lá, o Giancarlo e a Luluca, Carlito e Cléia, Clayton, Jaime e o irmão dele (que sofreu com as piadas de gaúchos). Ainda apareceu o Vladimir, que eu não conhecia pessoalmente, mas é amigo da raça há eras.

Quando o rango já havia sido detonado - a maioria foi de peixes e frutos do mar, enquanto eu, a Cléia e o Lucas, irmão do aniversariante, fomos de mignon com fritas - eis que surge Débora Sanches. A distinta colega chegou com uma turma do Diário Catarinense, onde ela tá freelando no Caderno de Verão. Foi rapidinho, mas o suficiente para colocar as novidades quase que em dia.

Inevitavelmente, lembrei do Paulo Henrique, que mora em Sampa e, cada vez que comentamos sobre eventos como este, morre de inveja. Pô! PH, desencana. Ainda vais voltar a viver aqui, temos certeza. E o dia tava perfeito. Levemente nublado, sem vento e com uma temperatura agradável. Comemos num deck, de frente pro mar, com um visual único. Saímos de lá por volta das 17 horas. Eu, com certeza, ficava até agora à noite. Nada como bons amigos, boa comida e bom papo num lugar espetacular.

[Ouvindo: Dave Ghrol´s Probot - Shake Your Blood (with Lemmy on vocals) - Álbum: Probot]

sexta-feira, dezembro 17, 2004

E A RODA DA HISTÓRIA VAI GIRANDO



E a notícia do dia, do mês, do ano, foi a não diplomação do prefeito eleito de Florianópolis, Dário Berger (PSDB), na noite de ontem, no Centro Integrado de Cultura (CIC).
Na matéria abaixo, publicada na edição de hoje de A Notícia, o colega Alexandre Lenzi, filho da pujante Indaial, conta em detalhes o episódio que pode marcar a história da capital de todos os catarinenses.

A alegria tomou conta de parte do CIC e em vários cantos da cidade. Resta esperar para ver se não teremos outras surpresas. Se as coisas seguirem o rumo natural e aguardado por todos aqueles que se decepcionaram com os resultados das urnas, teremos um "terceiro" turno, agora entre Chico Assis (segundo colocado no pleito) e Sergio Grando (terceiro).


TSE suspende diplomação de Dário Berger
Liminar foi concedida cerca de uma hora antes do início da cerimônia em Florianópolis

Alexandre Lenzi

Florianópolis - Pouco mais de uma hora antes do horário previsto para a diplomação do prefeito eleito da Capital, Dário Berger (PSDB), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar suspendendo a cerimônia até que seja julgado o pedido de cassação do candidato tucano. Os advogados do candidato derrotado no segundo turno, Francisco de Assis (PP), apresentaram medida cautelar na tarde de ontem, reclamando da demora do julgamento das acusações de que Dário teria utilizado estrutura e pessoal da Polícia Militar na montagem de um palanque durante a campanha. Na liminar, o ministro Luiz Carlos Madeira considera "injustificável a demora no julgamento do recurso eleitoral".
A decisão do ministro Madeira, concedendo a liminar e determinando a comunicação urgente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina, foi anunciada oficialmente às 18h59. No mesmo despacho, o vice Bita Pereira (PSDB) também teve sua diplomação suspensa. A cerimônia estava prevista para as 20 horas. Madeira identificou como a melhor solução "suspender a diplomação, por forma que o tribunal julgue o feito em 48 horas, como impõe a lei, procedendo-se, após, a diplomação a quem de direito". Na liminar, o ministro reproduz o texto apresentado pelos advogados de Assis, apontando que "não há dúvida de que, realizada a diplomação antes do julgamento do pedido de cassação do registro ou do diploma, quando houve tempo - e de sobra - para o aludido julgamento antes daquele ato solene, a Justiça Eleitoral estará praticando um ato que poderá se tornar inútil, com a cassação eventualmente decretada posteriormente".
Na pauta da sessão de ontem do TRE, não estava previsto nenhum julgamento envolvendo os candidatos da Capital. A sessão foi interrompida durante uma hora para que o desembargador Carlos Prudêncio discutisse o assunto com os juízes do tribunal. Até as 21 horas, o TRE não tinha anunciado sua decisão. Hoje, ocorre a sessão prevista como a última do ano. O tribunal permanecerá de recesso até janeiro e retoma o cronograma de sessões em fevereiro.

[Ouvindo: Dark Side Of The Womb - Type O Negative - Álbum: Bloody Kisses]


sábado, dezembro 11, 2004

MORREU EM FORTALEZA

É como sempre digo. O Avaí perdeu mais uma vez para si mesmo.

A derrota de 2 a 0 para o Fortaleza, na capital cearense, hoje à tarde, decretou, pelo menos, mais uns dois anos na Série B do Campeonato Brasileiro. Afinal, em 2005 o Greminho vai disputar a competição e - como no ano passado - uma das vagas de retorno à elite será de um dos chamados "grandes clubes". Ok, o Greminho tá uma baba, irreconhecível. Mas duvido que o povo da Azenha não vá mudar as coisas. Sinceramente, torço para que aconteça com eles o que rolou com o Fluminense e parem na Série C. Mas é preciso ser realista. O Greminho já é favorito à uma das duas primeiras colocações da SEGUNDA DIVISÃO de 2005. Como, muito provavelmente outro "grande" ainda possa ser rebaixado, vai ficar muito complicado para os clubes que permanecem na Série B saírem dela.

O Avaí tem um time medíocre. Era o pior tecnicamente falando dos quatro que chegaram à fase final. Mas em vários momentos deu show, mostrando a velha "garra avaiana". E, por isso, chegou tão perto. Mas não há ali nenhum destaque, nenhum craque. Ah, sim, o Adinam é um bom goleiro. Mas quando o destaque de um time de futebol é o goleiro, sai de baixo! E ser bom não é suficiente, precisa ser ótimo e ainda ter sorte. Não foi o caso dele no jogo de hoje.

Este papo de "jogar por um empate" é uma droga. Garanto que se algum maluco perder tempo estudando isso, vai descobrir que, na maioria das vezes, a equipe que entrou em campo nesta situação... perdeu. O Avai de hoje foi quase o mesmo que perdeu para o (bom) time do Brasiliense. Nada a ver com aquele que ganhou do Bahia, semana passada, aqui em Florianópolis. Resumindo: não merecia subir pela falta de qualidade. A torcida sim merecia ter seu time de volta à elite, entrando pela porta da frente, sem virada de mesa ou ajudinhas. Eu, particularmente, também não queria que subisse com o vice-campeonato. Se é prá subir, que seja como campeão. Não podesmos nos nivelar com um determinado outro clube que só sobe das segundas divisões na segunda vaga (ah! nem vou perder tempo explicando).

De qualquer modo, analisando friamente, foi um bom campeonato. Só decidido nos dois últimos jogos. Qualquer um dos três clubes - Avaí, Fortaleza e Bahia - poderiam se classificar. E o Avaí poderia até ter finalizado com o título da Série B. Isso só demonstra o nivelamento dos clubes brasileiros. A Série B é, sem dúvida, o torneio mais difícil do futebol nacional. Ano que vem, com os rebaixados da A, vai ser ainda mais. Ontem ainda li um colunista do Estadão - esqueci o nome do cidadão - defendendo que todo ano caissem quatro clubes e subissem outros quatro. Isso só aumentaria as rivalidades e o nível das competições. Concordo plenamente. Só assim, clubes tradicionais criariam vergonha na cara e mudariam suas fórmulas ultrapassadas de "administração". E aqueles de nível intermediário também teriam que se fortalecer, pois o risco de ir para uma terceira divisão seria ainda maior.

Obs.: Sobre o resultado de hoje, comentários de torcedores de um determinado clube serão sumariamente deletados.

[Ouvindo:Dante´s Inferno - Iced Earth - Days Of Purgatory]

QUEM ESTÁ AÍ?

Há muito tempo, instalei aqui uma ferramentinha legal, que mostra quantas pessoas estão online no blog. Nem lembro mais de onde baixei isso, mas é divertido. O drama é ficar na curiosidade para saber quem é que está online no exato momento em que você também tá navegando ou atualizando o local.

Por exemplo, neste exato momento, o "placar" mostra que há "2 online". Um sou eu, obviamente, mas e a outra pessoa? Quem está aí?

[Ouvindo: Life And Death - Iced Earth - Álbum: Days Of Purgatoy]

FESTERÊ

E por falar na prefeita Angela Amin, ontem era dia de despedida. Pelo menos da imprensa. Vivendo os últimos dias dos seus oito anos no comando da cidade, a esposa do Espiridião bancou um pequeno convescote para um último adeus aos jornalistas que cobriram seus atos durante os dois mandatos na prefeitura de Florianópolis.

Na próxima semana, rola outra festinha tipo esta, agora garantida pela bancada do PP. Coincidência ou não, o partido da quase ex-prefeita. Sorte dos coleguinhas que são convidados.

[Ouvindo: Fistfull Of Diamonds - W.A.S.P. - Álbum: The Last Command]

sexta-feira, dezembro 10, 2004

ORÇANDO O JÁ ORÇADO?

Matéria na edição de hoje do AN Capital, produzida pelo colega Clodoaldo Volpato, mostra um procedimento duvidoso por parte do prefeito eleito de Florianópolis, Dário Berger (PSDB). Na proposta de orçamento do município para 2005, o político pede verbas para cumprir suas promessas de campanha. Até aí, nada mais natural.

O fato intrigante é que as obras que ele pretende comtemplar com o dinheiro público já estão previstas na proposta de orçamento elaborada pela equipe da atual prefeita, Angela Amin (PP).

O mesmo jornal vai publicar ainda uma reportagem que interessa diretamente aos dirigentes, técnicos e atletas ligados ao esporte da capital de todos os catarinenses. Não é segredo que boa parte deles apoiou Berger durante as eleições, apesar do surpreendente apoio que este setor obteve nos dois mandatos de Angela Amin. Muita gente vai se arrepender do voto.

[Ouvindo: Sleeping (In The Fire) / Live - W.A.S.P. - Álbum: The Last Command]

INSANIDADE E REVOLTA

A insanidade tomou seu espaço, mais uma vez, anteontem, em Columbus, estado norte-americano de Ohio.
Um cidadão detestável e desprovido de senso subiu, armado, no palco de uma casa de shows durante a apresentação da banda heavy metal Damageplan. Disparou contra o guitarrista do grupo, Dimebag Darrel, contra o irmão deste, o baterista Vinnie Paul, e contra o público. Acabou morto por um policial.

O resultado foi a morte imediata de Dimebag e de duas pessoas que estavam na platéia. O músico era um dos fundadores do Pantera, uma das gratas revelações do rock pesado na década de 1990 (apesar de ter surgido na década anterior). Era um guitarrista excepcional, revolucionou a cena com um estilo próprio e com sua personalidade. Ganhou fãs ao redor do mundo, incluindo aqui no Brasil, apenas fazendo o que gostava e demonstrando seu caráter.

A tragédia tomou, como não poderia deixar de ser, o mundo metálico de surpresa. Nos deixou atônitos e revoltados. Como o assassino morreu, dificilmente saberemos os motivos que o levaram a tal ato de insanidade. A imprensa americana apurou declarações de algumas testemunhas. Segundo elas, o matador teria dito algo sobre uma vingança por causa da aposentadoria do Pantera. O clima entre o grupo realmente não era bom ao final. Mas isso era motivo para uma atitude como essa? Não se pode surpreender com um fato como esse em um país militarizado e que cultua a posse de armas de fogo como nós brasileiros cultuamos o futebol.


Darrel (1966 - 2004): após os shows, por mais famoso que fosse, ele fazia questão de estar com os fãs

No exterior, o fato ganhou repercussão. Ainda ontem, no meio da manhã, recebi o link para assistir a reportagem do canal de televisão NBC. Aqui, passou meio batido, afinal era só um músico de um grupo heavy metal. O UOL reproduziu uma nota da Reuters. Não li os jornais de hoje ainda, mas acredito que algo tenha sido publicado. É possível saber mais sobre este episódio aqui. E aqui.

Coincidência ou não, há alguns dias comentei aqui sobre outros ídolos que se foram.

Não importa quem era Darrel, o que ele fazia, ou quem o admirava. O que interessa é que o ser "humano" não muda. Chegamos no famoso século XXI e a estupidez e a selvageria seguem convivendo conosco. É assustador.

[Ouvindo:Cemetery Gates - Pantera - Álbum: Cowboys From Hell]

quarta-feira, dezembro 08, 2004

ESTUPIDEZ

Rolou hoje na rede um fotolog que, supostamente, teria sido criados por um tal de Primeiro Comando de Florianópolis. Uma alusão ao infame Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de São Paulo. O tal fotolog exibia fotos de supostos traficantes, provavelmente "dimenores" encapuzados, além de retratos de armamentos pesados utilizados em ações do crime. Obviamente, amanhã estará nas páginas dos jornais (pelo menos em A Notícia, tenho certeza).

Pode ter sido uma mera brincadeira de péssimo gosto, o que comprova o nível em que a estupidez humana pode chegar. Por outro lado, pode mesmo não ser uma mera "lenda de Internet", o que elevaria ainda mais a sensação de insegurança que vivemos atualmente em Florianópolis.

sábado, dezembro 04, 2004

QUESTÕES SOBRE A MÚSICA CATARINENSE

A falta de grana e de um carro têm me afastado dos shows aqui em Florianópolis. A parte financeira nem precisa ser explicada. Quanto ao veículo, o problema é que, por mais que Florianópolis não seja uma cidade grande - em termos geográficos, de distância -, as casas noturnas que promovem apresentações de saudáveis entretenimentos musicais ficam sempre muito longe daqui. Moro no Bairro de Fátima, que fica num limbo entre o Estreito (ao norte), o Kobrasol e outros bairros da vizinha São José (ao oeste) e do lado de cá da ponte. Ou seja, mais longe ainda dos agitos da Ilha de Santa Catarina.

No entanto, como volto caminhando da redação de A Notícia diariamente, cruzo o centro nervoso da capital de todos os catarinenses: o calçadão da Felipe Schmidt. Ali sempre é possível se informar das atrações musicais da cidade. Principalmente para um estilo mais underground como o que eu gosto. O problema é que os shows do bom e velho rock pesado estão sendo realizados no Red Café, lá perto da Udesc, ou no Dusk Bar, antigo Chevet Som, que fica em São José. Este, por sinal, está sendo administrado por um camarada dazantigas, o Binho, que sempre esteve envolvido na produção de eventos metálicos. Mas não dá, é tudo muito longe e minha adolescência passou há algum tempo. Não tenho mais paciência para encarar excursões à pé ou para enfrentar viages de Madrugadão, ainda mais com o advento da violência por estas bandas.

Mas tô fugindo do assunto. Tenho notado, nos cartazes espalhados pelo Calçadão, que a moda agora aqui na cidade são os tributos. Em menos de um mês, já rolaram eventos que "homenageiam" todos os tipos de artistas. Desde um dos mestres da MPB atual, Djavan, até um dos ícones do heavy metal, o Metallica, passando por Chico Science e pela excelente novidade do rock pesado moderno, o System of a Down. Neste caso, em particular, acho até meio exagerado, pois tributo normalmente é feito para alguém que se destacou ou se destaca na cena há muito tempo. Mas isso é outro papo.

Qual motivo leva os músicos daqui a se dedicarem à isso? Não seria melhor se tocassem as próprias composições? Claro que seria. Mas aí a situação muda para outra questão: será que o público de Florianópolis apóia as bandas locais? Há controvérsias. Acho que determinados grupos claramente apoiados pela empresa de comunicações de maior poder sempre conseguem espaço, sempre tocam em festas públicas, principalmente em eventos patrocinados pelos governos municipal e estadual. As outras, bem, as outras seguem no mundinho à parte do underground.

O Damião comentou no seu blog paralelo algo parecido. Lá ele lembrava o fato de que a música catarinense não tem o mesmo espaço que, por exemplo, a música do estado ao norte do Uruguai. Nas entrelinhas, fica claro que a desvalorização do material artístico produzido por aqui tem raízes na própria falta de apoio local.

E não dá nem para sair com aquela velha desculpa de que "não existe apoio", que "as gravadoras são em São Paulo e Rio". Hoje em dia, com a tecnologia, neguinho grava CD no banheiro de casa. Qualquer um que estiver realmente afim e for persistente, consegue aparecer. Mas, em 21 anos que estou envolvido direta ou indiretamente com música, não lembro de nenhum artista de Santa Catarina - independente do estilo adotado - ter alcançado sucesso nacional. E olha que algumas bandas daqui são melhores do que muita porcaria que as grandes gravadoras empurram goela à baixo da população.

[Ouvindo: Metabolic Disfunction - Nothus - Demo Tape]




sexta-feira, dezembro 03, 2004

FALTA DO QUE FAZER

Conforme comentei recentemente, estou encontrando problemas para acessar os comentários deixados aqui no blog. Muitas vezes, só posso ler direto no website da Haloscan, que me fornece o sistema de comments. Pois bem, hoje acabei encontrando um comentário de uma pessoa chamada Marcela. Não sei quem é, nem se a conheço. Duvido muito. A moça não deixou nenhum contato, mas me brindou com a seguinte mensagem:

"vc é louco... só pode ser !!! como alguém pode não gostar do magnífico SEX AND THE CITY ? isso é ridículo ! é um dos melhores seriados que a tv já passou e eu já tenho todas as temporadas em DVD, e meu amigo, para esses canais como a FOX e o Multishow passarem o seriado, é pq a coisa é boa, então, guarde seus comentários p/ vc mesmo... e vida à CARRIE, MIRANDA (linda e maravilhosa), SAMANTHA e CHARLOTE !!!"

1) como alguém pode não gostar de Sex & the City?
Ora, nada mais natural. Há gosto prá tudo.

2) Eu não discuto a qualidade do produto, do roteiro (muito bem escrito, por sinal), nem das atrizes (a Kim Catrall é fantástica!)

3) Fico muito feliz que a minha visitante misteriosa tenha as temporadas em casa. Inclusive, incentivo à todos que comprem estas séries em DVD, pois, quanto mais demanda, mais oferta. Assim, todos nós, fãs de seriados, teremos sempre muitas opções

4) É mais do que óbvio que a Fox e o Multishow passam por causa da grande audiência

5) E COMO ESTE BLOG É MEU, eu comento o que eu quiser, da forma como desejar. A tal Marcela escreveu como se eu estivesse falando em algum lugar que pudesse prejudicar a série favorita dela. Ora, tenha paciência!

6) Como este ainda é um país livre, eu gosto ou deixo de gostar de quem eu quiser.

7) O problema dos fanáticos é esse: na falta do que fazer, ficam policiando os outros.

8) Detesto a Miranda.

9) Marcela, volte sempre, mas não venha com agressividade. Sejamos amigos. : )

This
page is powered by Blogger. Isn't yours?