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sexta-feira, dezembro 10, 2004

INSANIDADE E REVOLTA

A insanidade tomou seu espaço, mais uma vez, anteontem, em Columbus, estado norte-americano de Ohio.
Um cidadão detestável e desprovido de senso subiu, armado, no palco de uma casa de shows durante a apresentação da banda heavy metal Damageplan. Disparou contra o guitarrista do grupo, Dimebag Darrel, contra o irmão deste, o baterista Vinnie Paul, e contra o público. Acabou morto por um policial.

O resultado foi a morte imediata de Dimebag e de duas pessoas que estavam na platéia. O músico era um dos fundadores do Pantera, uma das gratas revelações do rock pesado na década de 1990 (apesar de ter surgido na década anterior). Era um guitarrista excepcional, revolucionou a cena com um estilo próprio e com sua personalidade. Ganhou fãs ao redor do mundo, incluindo aqui no Brasil, apenas fazendo o que gostava e demonstrando seu caráter.

A tragédia tomou, como não poderia deixar de ser, o mundo metálico de surpresa. Nos deixou atônitos e revoltados. Como o assassino morreu, dificilmente saberemos os motivos que o levaram a tal ato de insanidade. A imprensa americana apurou declarações de algumas testemunhas. Segundo elas, o matador teria dito algo sobre uma vingança por causa da aposentadoria do Pantera. O clima entre o grupo realmente não era bom ao final. Mas isso era motivo para uma atitude como essa? Não se pode surpreender com um fato como esse em um país militarizado e que cultua a posse de armas de fogo como nós brasileiros cultuamos o futebol.


Darrel (1966 - 2004): após os shows, por mais famoso que fosse, ele fazia questão de estar com os fãs

No exterior, o fato ganhou repercussão. Ainda ontem, no meio da manhã, recebi o link para assistir a reportagem do canal de televisão NBC. Aqui, passou meio batido, afinal era só um músico de um grupo heavy metal. O UOL reproduziu uma nota da Reuters. Não li os jornais de hoje ainda, mas acredito que algo tenha sido publicado. É possível saber mais sobre este episódio aqui. E aqui.

Coincidência ou não, há alguns dias comentei aqui sobre outros ídolos que se foram.

Não importa quem era Darrel, o que ele fazia, ou quem o admirava. O que interessa é que o ser "humano" não muda. Chegamos no famoso século XXI e a estupidez e a selvageria seguem convivendo conosco. É assustador.

[Ouvindo:Cemetery Gates - Pantera - Álbum: Cowboys From Hell]

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