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domingo, março 27, 2005

APESAR DE TUDO, UM CLÁSSICO


Acabo de assistir "O Iluminado" (The Shining, 1980), do mestre Stanley Kubrick.
O filme, adaptado da obra de outro mestre, Stephen King, é considerado por muitos o melhor da linha suspense/terror psicológico em todos a história do Cinema. Para a revista Newsweek, à época de seu lançamento, foi considerado "o primeiro épico do Terror". Longe de mim falar mal de um trabalho criado por Kubrick. Mas acho que o melhor seria analisar a obra de dois modos: como adaptação do livro homônimo ou como uma história de terror psicológico, como se nada tivesse a ver com o livro. O Gian e o Ilton vão querer me crucificar, mas tudo bem...


Iluminado: Clássico

Explico: o filme é genial, praticamente perfeito. O que falar da interpretação do Jack Nicholson, que interpreta Jack Torrance? É algo de fabuloso. Ele não ganhou o Oscar com este filme? Caso não, a Academia deveria repensar e entregar uma estatueta para o ator, mesmo depois de tanto tempo. O cara dá um banho! Merece todo o status que alcançou em sua carreira. Não há como não se assustar ao ver o seu modo de viver o personagem.

Mas o roteiro tem alguns pontos obscuros, que ficam devendo em relação à história original. Muita coisa não se explica ou é mal explicada. Cito como exemplo a própria transformação de Torrance. No filme, aparentemente é apenas um cara que aloprou. E, na real, tem muito mais coisa por trás desta mudança comportamental. O filme simplesmente ignora o histórico de alcoolismo e violência do cara. A própria relação do hotel Overlook, a presença maligna do lugar é muito mal explorada. O final de Dick Halloran (vivido por Scatman Crothers) é patético, sem contar que foi outro personagem sub-aproveitado. Até mesmo a expressão "Redrum" foi deixada quase que de lado na trama. Algo central no livro.

Kubrick, no meu modo de ver a situação, apenas tomou para si a parte básica do argumento. Sei lá, o Torrance foi contratado para tomar conta do hotel, mas a única cena em que algo neste sentido aparece é quando a mulher dele, interpretada pela pavorosa Shelley Duvall, checa as caldeiras quem mantém a edificação aquecida. Falando em Duvall, além de ela ser feia ao extremo, sua interpretação de Wendy Torrance lembra determinadas "atrizes" brasileiras que fazem sempre o mesmo papel. No livro, seu personagem é bem mais forte. Mas, por outro lado, seu modo patético acabou ajudando Nicholson a se sobressair ainda mais.


Nicholson: perfeição

Mas é um filme imperdível. Uma aula de cinema. A forma como a trilha sonora é usada para assustar é fenomenal. Sem dúvida, apesar de tudo, um clássico.

[Ouvindo: Arch Enemy - Kill With Power- Álbum: Dead Eyes See No Future]

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