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terça-feira, março 22, 2005

AO CUBO



A indústria cinematográfica merece este nome: indústria. Basta um filme, por menos ambicioso que seja, dar retorno para sequências e mais sequências saírem das mentes.... hã, digamos, criativas, dos roteiristas. Alguém aí lembra de "Cubo"? É um filme canadense de 1987, dirigido por Vicenzo Natali, premiado no Festival Internacional de Cinema Fantástico, em 1988. Pois bem, aqui no Brasil meio que não emplacou na telona, mas acabou virando cult quando chegou às locadoras.

Passou um tempo, venderam os direitos sobre a obra e logo alguém lançou "Cubo 2: Hypercubo", com um pouco mais de orçamento e bem mais efeitos especiais. A situação era basicamente a mesma do original, mas, nesta versão, havia um final que sugere uma explicação para a trama. Hoje, passando na locadora para me abastecer pro feriado, qual não foi minha surpresa ao encontrar "Cubo Zero". Genial, não? Trata-se de um prequel da, agora, série. Os roteiristas criativos trataram de inventar algo que seria uma história acontecida antes da que já conhecíamos. Na capinha do DVD, prometem uma explicação e até a apresentação do personagem que teria criado o Cubo. Balela! é apenas outra versão do filme, com novos personagens iguais, situações semelhantes e o final é praticamente o mesmo do segundo longa-metragem, onde os roteiristas aparentam ter assistido muito "Arquivos X". A diferença é que agora há uma longa sequência no exterior do Cubo.


Originalidade: Este sim, vale ser visto

Complicado, não? Pois é. Só vendo o (s) filme (s) para entender. Ou eu que tô travando hoje e não tô conseguindo explicar (provavelmente é isso).
Gostei dos três, apesar do original ser o único que mereça crédito, pois foi, realmente, inovador à época de seu lançamento. O segundo se perdeu em demasia nos efeitos especiais e deixou de lado o texto, que era um grande valor no primeiro. Neste novo, Ernie Barbarash, que dirigiu também o anterior, consegue se emendar e retoma o ar cult do original.

Para quem nunca viu, eis uma explicação de "Cubo", escrita por Diogo Benoski, que eu achei aqui.


Seqüência: o segundo se afastou um pouco da qualidade do anterior

"O filme Cubo é baseado na natureza humana e no instinto humano de sobrevivência. Não se trata, portanto de um novo conceito nesta área. É, no entanto, um filme inovador: Seis pessoas comuns, totalmente estranhas entre si, acordam presas num labirinto. Nele, existem salas interligadas em forma de cubos e preparadas com armadilhas mortais. Sem comida ou água, suas vidas estão com os minutos contados. Nenhum deles sabe como ou porque estão presos, mas logo descobrem que cada um possui uma habilidade especial que poderá contribuir para a fuga. Um matemático, um engenheiro, um policial, um ladrão, um deficiente mental devem juntar esforços na ânsia de encontrar a saída de um enigma praticamente insolúvel.

No decorrer do filme, a trama centra-se nas diferenças entre as pessoas e seus embates mútuos, nas reviravoltas psíquicas e que tornam-se cada vez mais evidentes, e que expõe a que nível pode chegar o ser humano quando acometido de desespero. O filme é louvável também por forçar uma interpretação total dos atores em seus personagens: não havia nenhuma diferença nos cenários, e os textos são longos e muito bem construídos. As cenas finais do filme são surpreendentes, quando demonstra-se que o ser humano está ainda muito propenso a julgar as pessoas por sua aparência, e não pelo que elas são capazes".

[Ouvindo: Megadeth - Mechanix - Álbum: Killing Is My Business... And It´s Business Is Good]


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