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terça-feira, julho 17, 2007

RAPIDINHA DO PAN

Pouco tempo depois do último post sobre o Pan a situação do Brasil ficou ainda pior. No início da noite de ontem, Canadá e Cuba já haviam aumentado a diferença no total de medalhas. Hoje cedo, no remo, o país esboça uma reação conquistando duas medalhas de bronze. Uma delas do catarinense Anderson Nocetti, o Macarrão, no double skiff.

Há uma possibilidade de mais triunfos tanto no remo quanto no taekwondo, pois a campeã mundial Flavia Falavigna vai para a porrada ainda hoje, e na natação. Ainda assim, acho difícil o Brasil voltar à segunda colocação no total de medalhas.

Os Estados Unidos, como era óbvio, lideram com folga. No sexto dia, o bicho-papão das Américas já soma 32 medalhas (14 de ouro, 12 de prata e 6 de bronze). O Canadá está em segundo com 18 (5,6 e 7) e Cuba e Venezuela estão em terceiro com 15 (6, 4 e 5 e 3,4 e 8, respectivamente).

Os brasileiros vêm em seguida com 14 (1, 6 e 7). Esta ordem, claro, não é a classificação oficial, que leva em conta o número de medalhas de ouro para definir a ordem dos países.

O comentário a seguir é lugar comum e nem exige muito estudo para ser feito. Mas é incrível como um país como o Brasil consegue não ser melhor do que nações menores, mais pobres e com uma aparente menor inclinação para o esporte.

A cada competição internacional surgem mais e mais histórias de atletas brasileiros que perdem por detalhes básicos, por pura falta de apoio financeiro e psicológico. Ainda não sei o que irrita mais: estas derrotas ou as vitórias que surgem apesar do completo abandono do esporte, da inexistência de uma política de incentivo e manutenção de atividades esportivas em um país que só tem a ganhar socialmente com o investimento no esporte. A frase do lutador de taekwondo Diogo Silva resume isso: "O taekwondo me manteve afastado da rua". Se esta corja de políticos tivessem o menor interesse em realmente melhorar a condição de vida deste povo miserável, colocaria em prática trabalhos decentes no esporte, que pode, sim, no mínimo amenizar o caos social da maioria da população. O exemplo de Cuba é gritante. Como se explica um país economicamente destruído ser uma potência olímpica?

[Ouvindo: Dream Theather - Perfect Strangers - Álbum: Change Of Seasons]

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