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sábado, outubro 15, 2005

NA GERAL



A semana de folga em São Paulo precisou ser interrompida na última quinta-feira. Problemas técnicos com minha inscrição para a pós-graduação (já resolvidos) me forçaram a trocar a passagem de retorno. E, na chegada em Florianópolis, passei por uma experiência inédita: levei uma "geral" da polícia. Algo que, normalmente, a gente enfrenta durante a adolescência. E até que eu passei perto disso entre meus 14 e 18 anos de idade, mas sempre escapei na famosa "hora H".

Na passagem pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Grande Florianópolis, por volta das 8 da manhã de ontem, o ônibus foi parado. Dois oficiais da PRF desprezaram a parte inferior e foram direto ao setor de cima, onde estavam as pessoas que pagaram as passagens mais "baratas" (se é que o valor de R$ 90 para viajar entre São Paulo e a capital catarinense pode ser considerado barato). O primeiro guarda surgiu no alto da escada, olhou para o fundo do ônibus e, muito provavelmente tentando disfarçar, foi para a parte frontal do veículo. Digo isso porquê ele não se deteve em nenhum dos assentos, apenas olhou "por cima" e veio direto para a parte traseira.

Parou ao meu lado, pediu documentos, perguntou se eu viajava com mais alguém e se tinha mala no bagageiro do ônibus. Pediu para abrir minha mochila, revirou tudo, enquanto uma outra oficial ficava com minha carteira de identidade. E o "legal" é que, nestas horas, todas as outras pessoas ao redor te olham como se você fosse estuprador de criancinhas portadoras de deficiência mental. É impressionante como o ser humano faz pré-julgamentos. Encerrada a "visita", repetiram o processo com outros dois passageiros. Estes, tiveram que descer e abrir as respectivas malas no asfalto.

Nada foi encontrado. O policial voltou para me devolver meu documento e até se desculpou, explicando que eles tinham "uma informação". E devia ser isto mesmo, pois só revistaram três pessoas com as mesmas características físicas. Ao menos, não houve truculência, apesar de toda a situação constrangedora. E, teoricamente, fica no ar a impressão de que o setor de segurança pública realmente trabalha.

[Ouvindo: Apathy - Machine Men - Álbum: Elegies]

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