quinta-feira, setembro 08, 2005
ESPETACULAR É POUCO
Depois de muito tempo, finalmente vi ao vivo Whitesnake e Judas Priest.
A primeira eu já tinha tentado em 1997, mas o festival que a banda tocaria em Curitiba, foi cancelado em cima da hora. Ou seja, as excursões que foram daqui de Florianópolis até a capital paranaense "perderam a viagem".
Quanto a segunda banda, na verdade, eu até já tinha visto, mas não em sua formação clássica. Presenciei a apresentação do grupo britânico em 2001, em São Paulo, na tour do álbum "Demolition", mas o vocalista era Tim "Ripper" Owens (não que isso fosse ruim, muito pelo contrário). Em janeiro do mesmo ano, estive no Rock In Rio 3, onde vi a apresentação de Rob Halford, em sua carreira solo. Na última terça-feira, depois de 22 anos de espera - não, eu não fui ao Rock In Rio 2 - pude ser testemunha do que é Judas Priest com Rob Halford.
Para quem não conhece heavy metal, é bom explicar. O Black Sabbath criou tudo, mas foi o Judas Priest quem definiu o estilo, apesar do Iron Maiden ter sido responsável pela popularização. E Judas Priest com Halford novamente é - em uma comparação genérica - como se John Lennon voltasse para cantar nos Beatles.
Gente boa:
A viagem levou seis horas entre Florianópolis e Porto Alegre e tudo ocorreu muito bem. Pela primeira vez, uma excursão em que foi tudo perfeito. Organizada pelo mano André Lückman - só podia ser de Curitibanos! - a viagem que, inicialmente estava programada para um incômodo micro-ônibus, saiu em um baita carro leito, para inveja das demais excursões que também foram até a capital do Estado vizinho. Ninguém bebeu além da conta, ninguém utilizou substâncias alteradoras da mente, não aconteceram as tradicionais vomitadas, só gente boa.
Marcado para começar às 21 horas, o show começou com meia hora de atraso. Ninguém se importou. O velho Whitesnake entrou no palco e mostrou que, apesar de David Coverdale já não ter mais a mesma voz, a banda ainda tem muita lenha para queimar. Pena que foi apenas uma hora de festa. Clássicos e mais clássicos, como "Slide It In", "Love Ain´t No Stranger", "Bad Boys", além de um medley entre "Burn" e "Stormbringer" (ambas da fase do Coverdale no Deep Purple). Obviamente, não ficaram de fora as indefectíveis baladas, como "Is This Love" e "Here I Go Again", quando os casais presentes ao Gigantinho, ginásio do glorioso Sport Club Internacional, se dedicaram à dançar agarradinhos, como manda o figurino.
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Coverdale: "meu cabelo continua o mesmo, mas a minha voz"...
Momento "ninguém me ama, ninguém me quer":
Nestes trechos, o titular deste blog lamentou estar solteiro e se limitou a cantarolar as letras, lembrando de fases melhores de um passado assim nem tão distante. : )
Clássicos:
Depois de um solo de bateria do mestre Tommy Aldridge (primeiro com as baquetas, depois com as mãos), mais algumas pérolas do hard rock mundial e eis que findam os trabalhos de Mr. Coverdale e companhia. Meia hora de intervalo, últimos acertos no palco e chega a hora. A instrumental "The Hellion" abre o concerto trazendo como sempre "Electric Eye". E o Halford com um visual todo metálico, sem trocadilhos, provando que vai cantar com alta qualidade por, no mínimo, mais uma década e meia. O repertório sortido de clássicos - "Victim of Changes", "A Touch Of Evil", "Painkiller", "Diamonds And Rust", "You´ve Got Another Thing Comin", "Hell Bent For Leather", "Metal Gods", entre outros - se misturou com as novas "Angel Of Retribution", a maravilhosa "Judas Is Rising" e a pesadíssima "Hellrider" e com as surpresas "I´m A Rocker" e "Exciter". Como nada é perfeito, faltou o hino "The Ripper".
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Whitesnake: só clássicos
O grupo foi perfeito no palco. Prá mim, a melhor banda de metal em atividade na atualidade. Não tem Metallica, não tem Iron Maiden, nem mesmo o poderoso Motörhead. É Judas Priest e pronto. Espetáculo, entretenimento, diversão, qualidade, respeito pelo público, carisma e repertório impecável. E, por mais que eu ainda ache que Ripper Owens canta muito, mas muito mesmo, talvez até melhor do que o velho Halford, este ainda é insuperável. O cara tem um controle da audiência incomparável. Conseguiu fazer milagre com o público gaúcho, um tanto quanto frio para heavy metal no Brasil.
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Priest: Ao fundo, o vocalista que ainda é insuperável
A pergunta que fica no ar: quando eles voltam para se apresentar no país?
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Halford: Controle da audiência
Nota de rodapé: quarta-feira, feriado de sete de setembro, 7 horas da matina. Latão à toda, entrando em Florianópolis, freada brusca na ponte. Susto geral, todo mundo acorda no desespero. "Vai bater! Vai bater!". Não bateu.
"Nem bateu e já tá cheio de polícia!", exclamou alguém. Eram os militares que iriam participar do desfile comemorativo ao Dia da Pátria, logo ali ao lado.
Depois de muito tempo, finalmente vi ao vivo Whitesnake e Judas Priest.
A primeira eu já tinha tentado em 1997, mas o festival que a banda tocaria em Curitiba, foi cancelado em cima da hora. Ou seja, as excursões que foram daqui de Florianópolis até a capital paranaense "perderam a viagem".
Quanto a segunda banda, na verdade, eu até já tinha visto, mas não em sua formação clássica. Presenciei a apresentação do grupo britânico em 2001, em São Paulo, na tour do álbum "Demolition", mas o vocalista era Tim "Ripper" Owens (não que isso fosse ruim, muito pelo contrário). Em janeiro do mesmo ano, estive no Rock In Rio 3, onde vi a apresentação de Rob Halford, em sua carreira solo. Na última terça-feira, depois de 22 anos de espera - não, eu não fui ao Rock In Rio 2 - pude ser testemunha do que é Judas Priest com Rob Halford.
Para quem não conhece heavy metal, é bom explicar. O Black Sabbath criou tudo, mas foi o Judas Priest quem definiu o estilo, apesar do Iron Maiden ter sido responsável pela popularização. E Judas Priest com Halford novamente é - em uma comparação genérica - como se John Lennon voltasse para cantar nos Beatles.
Gente boa:
A viagem levou seis horas entre Florianópolis e Porto Alegre e tudo ocorreu muito bem. Pela primeira vez, uma excursão em que foi tudo perfeito. Organizada pelo mano André Lückman - só podia ser de Curitibanos! - a viagem que, inicialmente estava programada para um incômodo micro-ônibus, saiu em um baita carro leito, para inveja das demais excursões que também foram até a capital do Estado vizinho. Ninguém bebeu além da conta, ninguém utilizou substâncias alteradoras da mente, não aconteceram as tradicionais vomitadas, só gente boa.
Marcado para começar às 21 horas, o show começou com meia hora de atraso. Ninguém se importou. O velho Whitesnake entrou no palco e mostrou que, apesar de David Coverdale já não ter mais a mesma voz, a banda ainda tem muita lenha para queimar. Pena que foi apenas uma hora de festa. Clássicos e mais clássicos, como "Slide It In", "Love Ain´t No Stranger", "Bad Boys", além de um medley entre "Burn" e "Stormbringer" (ambas da fase do Coverdale no Deep Purple). Obviamente, não ficaram de fora as indefectíveis baladas, como "Is This Love" e "Here I Go Again", quando os casais presentes ao Gigantinho, ginásio do glorioso Sport Club Internacional, se dedicaram à dançar agarradinhos, como manda o figurino.
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Coverdale: "meu cabelo continua o mesmo, mas a minha voz"...
Momento "ninguém me ama, ninguém me quer":
Nestes trechos, o titular deste blog lamentou estar solteiro e se limitou a cantarolar as letras, lembrando de fases melhores de um passado assim nem tão distante. : )
Clássicos:
Depois de um solo de bateria do mestre Tommy Aldridge (primeiro com as baquetas, depois com as mãos), mais algumas pérolas do hard rock mundial e eis que findam os trabalhos de Mr. Coverdale e companhia. Meia hora de intervalo, últimos acertos no palco e chega a hora. A instrumental "The Hellion" abre o concerto trazendo como sempre "Electric Eye". E o Halford com um visual todo metálico, sem trocadilhos, provando que vai cantar com alta qualidade por, no mínimo, mais uma década e meia. O repertório sortido de clássicos - "Victim of Changes", "A Touch Of Evil", "Painkiller", "Diamonds And Rust", "You´ve Got Another Thing Comin", "Hell Bent For Leather", "Metal Gods", entre outros - se misturou com as novas "Angel Of Retribution", a maravilhosa "Judas Is Rising" e a pesadíssima "Hellrider" e com as surpresas "I´m A Rocker" e "Exciter". Como nada é perfeito, faltou o hino "The Ripper".
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Whitesnake: só clássicos
O grupo foi perfeito no palco. Prá mim, a melhor banda de metal em atividade na atualidade. Não tem Metallica, não tem Iron Maiden, nem mesmo o poderoso Motörhead. É Judas Priest e pronto. Espetáculo, entretenimento, diversão, qualidade, respeito pelo público, carisma e repertório impecável. E, por mais que eu ainda ache que Ripper Owens canta muito, mas muito mesmo, talvez até melhor do que o velho Halford, este ainda é insuperável. O cara tem um controle da audiência incomparável. Conseguiu fazer milagre com o público gaúcho, um tanto quanto frio para heavy metal no Brasil.
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Priest: Ao fundo, o vocalista que ainda é insuperável
A pergunta que fica no ar: quando eles voltam para se apresentar no país?
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Halford: Controle da audiência
Nota de rodapé: quarta-feira, feriado de sete de setembro, 7 horas da matina. Latão à toda, entrando em Florianópolis, freada brusca na ponte. Susto geral, todo mundo acorda no desespero. "Vai bater! Vai bater!". Não bateu.
"Nem bateu e já tá cheio de polícia!", exclamou alguém. Eram os militares que iriam participar do desfile comemorativo ao Dia da Pátria, logo ali ao lado.
[Ouvindo: Metal Gods - Judas Priest - Álbum: ´98 Live Meltdown]