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quinta-feira, janeiro 06, 2005

A COISA



O livro desta semana é o volume 2 de "A Coisa", do velho e bom Stephen King. Publicado em 1986 com o título original de "It", este é - na minha modesta opinião - um dos pontos altos na carreira do escritor norte-americano. Conheci a história primeiro em vídeo, num telefilme produzido em 1990 e dirigido por Tommy Lee Wallace que, segundo o Internet Movie Database, comandou ainda vários episódios de seriados como "Bay Watch", "Max Headroom" e "The Twilight Zone", entre vários outros filmes criados especificamente para a televisão.

Na época em que assisti ao filme, achei excelente. Isso deve ter sido lá por 1991. Uns dois anos depois, em uma aula de inglês no CNA, o assunto horror & ficção veio à baila. Quando citei o filme, o professor me garantiu que não chegava nem perto do livro. Segundo ele, a adaptação teria ficado muito aquém da história original. Na verdade, este fenômeno acontece com 90% dos longa-metragens baseados na obra de Stephen King.

Pois o professor tinha razão. Devorei o primeiro volume do livro e é trocentas vezes melhor. É apavorante! A história, como todas as criadas por King, se passa no estado do Maine, nos Estados Unidos. Desta vez, o palco dos fatos é a cidadezinha de Derry. "Foi em 1958, na pacata Derry, que eles aprenderam o real sentido de algumas palavras. Foi ao longo de junho de 1958, durante as férias escolares. que Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly descobriram o que significa amizade, amor, confiança e.. medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixa em Derry terríveis marcas de sangue. Quase trinta anos depois, eles voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror avassala a pequena cidade e somente eles são capazes de enfrentar a Coisa".


O original: no livro, o medo é constante

O resumo na contra-capa do livro - na edição publicada no Brasil pela Planeta DeAgostini - não dá maiores detalhes. Nem conta que a Coisa aparece para eles como um palhaço assustador, que está assassinando outras crianças. O link com o grupo de moleques, do "Clube dos Perdedores", é o assassinato do irmão menor de um deles. A partir daí, a cada página, a cada sub-plot da trama, o autor vai conduzindo o leitor por um emaranhado de capítulos onde cada nova situação assusta, provoca pânico e favorece o envolvimento do leitor com a história. Entrelaçando tudo em flashbacks e fastforwards, King consegue provar que o medo é imutável, não importa a idade de quem o sinta. A reação de um dos personagens já adulto, ao saber que a Coisa precisa ser detida mais uma vez, quase três décadas depois, é impressionante.


Telefilme: Nem de perto o horror é o mesmo

No telefilme, pouca gente de destaque, pouca grana envolvida, infelizmente. Estavam lá, alguns semi-famosos, como Tim Curry - interpretando em papel duplo tanto o palhaço Pennywise quanto Rob Gray - e Annete O´Toole - vivendo a encantadora e ruiva Beverly Marsh. Annete, só para lembrar, viveu Lana Lang no terceiro longa-metragem da série "Super-Homem" para o cinema. Lana era a namoradinha do alter ego do super-herói na adolescência. Propositalmente, os produtores da recente telessérie "Smallville", chamaram a atriz para viver Martha Kent, a mãe terráquea de Clark Kent.
O telefilme tem ainda Harry Anderson, Dennis Christopher, Richard Masur, Tim Reid e Richard Thomas, entre outros, completando o elenco.
Por sinal, esta turma toda, segundo o Internet Movie Database, gelou durante as gravações com Tim Curry. A caracterização do cara como Pennywise teria sido tão convincente, que o povo teria evitado falar com ele durante todo o trabalho.

Rolam boatos de que um remake estaria sendo produzido. Tomara que, se acontecer mesmo, tenha mais qualidade.

[Ouvindo: Iced Earth - Dragon´s Child - Álbum: Horror Show]


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