sexta-feira, julho 02, 2004
"SEU" SARAMAGO
Sou meio avesso aos queridinhos da mídia ou do meio acadêmico. Sempre desconfio quando algo ou alguém é apontado como salvador da pátria. Há algum tempo, virou moda no Brasil glorificar o escritor português José Saramago. Só faltou ser entrevistado pela Adriane Galisteu e comentar receitas na Ana Maria Braga.
Agora, passado o tempo, parou em minhas mãos "A História do Cerco de Lisboa", escrito por Saramago em 1987, bem antes do Nobel de Literatura que ele viria a ganhar em 1998. O cara foi o primeiro escritor da língua portuguesa a receber tal honraria.
Devo registrar que o livro é muito bom. O cara merece todos os elogios que recebeu. O texto é engraçado e inteligente. Tem salvado os 30 a 40 minutos que passo no ônibus durante a ida e a vinda para o trabalho.
Segue um trecho...
(...) É apenas um romance entre os romances, não tem que preocupar-se mais em introduzir nele o que já se encontra, porque os livros destes, as ficções contam, fazem-se, todos e todas, com uma continuada dúvida, cmo um afirmar reticente (...).
Só não se acabou ainda de averiguar se é o romance que impede o homem de esquecer-se ou se é a impossibilidade do esquecimento que o leva a escrever romances". José Saramago, "A História do Cerco de Lisboa", página 50.
[Ouvindo: Leave Me Alone - Two - Álbum "Voyeurs"]
Sou meio avesso aos queridinhos da mídia ou do meio acadêmico. Sempre desconfio quando algo ou alguém é apontado como salvador da pátria. Há algum tempo, virou moda no Brasil glorificar o escritor português José Saramago. Só faltou ser entrevistado pela Adriane Galisteu e comentar receitas na Ana Maria Braga.
Agora, passado o tempo, parou em minhas mãos "A História do Cerco de Lisboa", escrito por Saramago em 1987, bem antes do Nobel de Literatura que ele viria a ganhar em 1998. O cara foi o primeiro escritor da língua portuguesa a receber tal honraria.
Devo registrar que o livro é muito bom. O cara merece todos os elogios que recebeu. O texto é engraçado e inteligente. Tem salvado os 30 a 40 minutos que passo no ônibus durante a ida e a vinda para o trabalho.
Segue um trecho...
(...) É apenas um romance entre os romances, não tem que preocupar-se mais em introduzir nele o que já se encontra, porque os livros destes, as ficções contam, fazem-se, todos e todas, com uma continuada dúvida, cmo um afirmar reticente (...).
Só não se acabou ainda de averiguar se é o romance que impede o homem de esquecer-se ou se é a impossibilidade do esquecimento que o leva a escrever romances". José Saramago, "A História do Cerco de Lisboa", página 50.
[Ouvindo: Leave Me Alone - Two - Álbum "Voyeurs"]
