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sexta-feira, março 05, 2004


O HAITI É ALI



Tá em todos os jornais de hoje. Reproduzo parte da matéria publicada na Folha de S. Paulo:

05/03/2004 - 07h01
Brasil poderá comandar força de paz no Haiti

RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília


A ONU (Organização das Nações Unidas) quer que o Brasil comande a força multinacional que o organismo começa a enviar ao Haiti para a manutenção da paz no país. A informação foi transmitida ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu colega francês, Jacques Chirac. O presidente da França teria dito que ele e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, consideram importante que o Brasil envie militares e esteja à frente das tropas.
"O presidente Lula disse [a Chirac] que o Brasil fica honrado com essa indicação e que está à disposição das Nações Unidas tanto para o envio de tropas quanto para o exercício do comando", disse André Singer, porta-voz da Presidência. (...)
No começo da semana, o governo brasileiro havia dito estar disposto a exercer um papel no Haiti, mas não imediatamente, e sim em cerca de três meses. Ontem, afirmou que poderá enviar até 1.100 militares, o maior contingente que o país já deslocou sob mandato da ONU. (...)
O Ministério da Defesa espera uma definição mais clara do mandato da ONU e dos aspectos operacionais da missão, o que deverá ocorrer nas próximas semanas, para determinar de onde sairão os soldados para a força. Podem ser necessários soldados com treinamento especial para patrulhamento, manutenção de ordem e outras funções específicas. Ainda não é possível estimar custos.
Se o envio ocorrer, será o primeiro passo concreto do país para tentar se credenciar para disputar um posto permanente no Conselho de Segurança da ONU. Não é a primeira missão de paz com participação brasileira. Em 1956, um batalhão do Exército foi mandado para o Oriente Médio. De lá para cá, foram 25 missões internacionais. No momento, há cerca de 50 militares brasileiros em Timor Leste, ex-colônia portuguesa que foi ocupada pela Indonésia e tornou-se independente em 2002.

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Na matéria de O Estado de S. Paulo, o texto comenta que o papo entre Lula e Chirac era sobre um pedido de flexibilização das regras do FMI para os países emergentes. Ou seja, fica um cheiro de "toma lá, dá cá". Se o Brasil ajudar na "guerra", a França colabora no campo econômico.
O Porta-Voz do governo brasileiro garantiu que Chirac teria dito que "a presença do Brasil é fundamental no Haiti". Esta oferta de comando da força de paz da ONU daria uma bela vitória para o PT e as viagens do presidente ao exterior, tão criticadas pela oposição. E se na eventual ida para o Haiti morrer algum brasileiro? Este é o preço a se pagar?

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