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sexta-feira, março 26, 2004

A FÓRMULA DO AUDIOSLAVE

 
Somente agora, muito tempo depois que o trabalho de estréia do Audioslave saiu, estou ouvindo o CD com mais atenção. Algo incompreensível, pois era uma das bandas que eu mais aguardava para escutar. Desde que anunciaram que o Chris Cornell estava se unindo aos ex-Rage Against The Machine, fiquei interessado no resultado desta combinação. Cornell fez parte de uma das poucas bandas do falido movimento Grunge que realmente me agradaram, o Soundgarden. E os novos parceiros do cara integraram uma daquelas bandas que não são do meu estilo preferido, mas que conseguia não ser pop ou alternativa.

Lembro que uma das primeiras críticas que li sobre o Audioslave saiu na Folha de S.Paulo. O crítico - não lembro o nome do cara - elaborou uma fórmula para explicar como era o som do novo grupo:

Chris Cornell - Soundgarden + Rage Against The Machine - Zack de La Rocha x Black Sabbath + Led Zeppelin.

É uma boa maneira e, para quem manja de rock and roll, traduz perfeitamente o álbum. A primeira parte da sentença é perfeita. A segunda, é um pouco exagerada, já que de Led Zeppelin há ali apenas algumas vãs tentativas do vocalista tentar se estabelecer no estilo de Robert Plant. Há peso, sim. Mas não chega aos pés do primeiro e único Black Sabbath. Claro, a proposta é outra. Mas o peso do Audioslave é bom, agradável. Pena que a banda optou por gravar algumas faixas melosas, tipo "Getaway Car". "Like A Stone" também é melosa, mas é muito boa. Ao vivo deve funcionar muito bem. Por falar nisso, quando é que alguém vai trazê-los para tocar no Brasil?

O grande momento, sem dúvida, é "Cochise", a do primeiro clipe. "Explorer", que lembra muito o Rage Against The Machine, também merece destaque, além de "Bring Em Back Alive", onde, pelo visto, vivem as influências de Black Sabbath. O que cansa um pouco são os vocais chorados do Cornell. Engraçado, pelo que me lembro do Soundgarden, ele não fazia vocais irritantes, como em "Like A Stone". Na avaliação do mestre Marcelão Soares, o cara é "um choronha". Falou com sabedoria.

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