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sexta-feira, fevereiro 20, 2004

DOIS PREFEITOS, UMA CIDADE SÓ



Matéria de hoje do jornal A Notícia relata mais uma das histórias que, de trágicas, chegam a ser cômicas. Um pequeno município de Santa Catarina, na região da Grande Florianópolis, tem dois prefeitos:

Resultado de exame
deve colocar fim à impasse

Polícia deve dizer hoje se assinatura de renúncia é mesmo de prefeito ou se foi falsificada
Silvia Pinter

Major Gercino � O resultado do exame grafotécnico hoje deve colocar fim ao impasse em Major Gercino, na Grande Florianópolis. O município está com dois prefeitos desde o início a semana. O vice Gerônimo Albanaes (PSDB) assumiu o cargo do titular Lourival dos Santos (PP), na segunda-feira, com base num suposto pedido de renúncia do progressista. O documento, assinado e reconhecido em cartório, foi apreendido ontem e enviado à Polícia Técnica para ser periciado. Santos garante que não assinou documento algum e que nunca cogitou a possibilidade de deixar o posto. Ele sustenta que a sua assinatura foi falsificada.

Os dois ex-aliados passaram o dia de ontem administrando o município. Santos chegou na Prefeitura no horário de costume. Às 7 horas, reuniu o pessoal de obras na garagem do prédio e encaminhou os trabalhos. Às 8 horas, começou a despachar internamente. Os quatro secretários, exonerados pelo vice na terça-feira, também mantiveram a rotina. Mas o clima de incerteza era visível. Os funcionários são os mais preocupados. Temem pelo futuro. Ainda assim conseguem fazer piada da situação "Se temos dois prefeitos, também devemos ter dois salários e duas férias", diziam, entre risos.

Já Albanaes só cumpriu expediente à tarde. No período da manhã, ficou resolvendo problemas particulares. Às 14 horas, foi para a Câmara de Vereadores. Nem tentou entrar na Prefeitura. No dia anterior quis assumir a cadeira do prefeito e saiu corrido. Santos não deixou que ele ocupasse o seu gabinete. Ontem, preferiu não arriscar, embora tivesse anunciado que iria tomar posse de qualquer jeito às 14 horas. Se reuniu com o advogado e aliados para tratar dos preparativos para a "posse" de hoje, às 9 horas, e dar encaminhamento à notificação ao cartório de títulos e documentos para Santos desocupar a sala.

(...) Até o final de 2002, Santos e Albanaes eram do mesmo partido. Os dois foram eleitos pelo PP. Durante a campanha, teriam acordado que o hoje tucano assumiria a Prefeitura dois anos depois da posse do progressista. Albanaes chega a sugerir que para selar o compromisso um documento teria sido assinado como garantia. Santos nega que tenha ocorrido tal acerto.


Viramos o século 21 e coisas deste tipo continuam acontecendo no Brasil. Vergonhoso é pouco. Chega a dar raiva. Se fosse em um país sério, onde a Justiça realmente funciona, os envolvidos já estariam punidos.

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