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quinta-feira, janeiro 22, 2004

APAGÃO EM FLORIPA

Matéria de hoje no A Notícia:

Aneel culpa
Celesc pelo blecaute na Ilha

Jeferson Ribeiro
Especial para A Notícia

Brasília - O relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) culpa a Celesc pela interrupção do fornecimento de energia elétrica à Florianópolis por mais de 50 horas,
no dia 29 de outubro do ano passado. Segundo o texto dos fiscais da agência, a distribuidora tinha conhecimento dos riscos e manutenção das linhas de 138 kV e mesmo assim usou procedimentos imprudentes nos reparos. Há pelo menos três indicativos de multa no relatório, que, somadas, podem chegar até a 4% da receita bruta dos últimos 12 meses da empresa, a contar do auto de infração - no exercício de 2002, a receita da estatal foi de R$ 1,85 bilhão.
O relatório mostra que a Aneel pediu à Celesc cinco documentos para analisar os incidentes na Capital. Desses, apenas dois foram entregues por completo - um foi apresentado pela metade e outros dois não foram encaminhados para a fiscalização. Não havia um planejamento do serviço com análise riscos e um plano de emergência no caso de perda de uma linha de transmissão.
O deputado Mauro Passos (PT) classificou o relatório de duro. "Liguei para o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e pedi a ele que falasse com o presidente da Aneel, José Mário Abdo, e que pedisse a ele que não aplicasse um multa vultuosa à Celesc. Se isso acontecer haverá prejuízo duplo para os consumidores, que terão que esperar ainda mais pelos investimentos necessários na Ilha", disse. Segundo ele, a defesa da Celesc argumenta que a empresa não pode ser culpada por um acidente e isenta os empregados de culpa.
O relatório ressalta ainda que a Celesc poderia ter usado outras técnicas de reparo mais prudentes do que a empregada pelos técnicos (veja quadro).
Os técnicos também dizem que a Celesc não seguiu a recomendação do fabricante das emendas, Raychen Produtos Irradiados Ltda. "O Manual de Procedimentos informava que 'antes de acender o maçarico, certifique-se da inexistência de gases ou líquidos inflamáveis no local de trabalho' e 'consulte as práticas aprovadas pela sua empresa para procedimento de limpeza e ventilação da área de trabalho'". Essas duas
pré-indicações não foram seguidas pela empresa.

Não sei o que é pior, o apagão ter acontecido, a Celesc enviar relatórios incompletos para a Aneel (atestando uma incompetência gritante) ou a agência querer cobrar indenização da estatal catarinense. Pô! é dinheiro que o governo do Estado deveria usar para melhorar o sistema de distribuição de energia, prevenindo um novo apagão.

Dá raiva. Sem falar na vergonha de ver Santa Catarina passar por algo deste tipo.

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